A expectativa é de que a companhia possa centrar forças na operação da JBS, que deve passar por forte turbulência
Alpargatas: a situação financeira no grupo tende a ficar apertada
O grupo J&F contratou o banco Bradesco BBI para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor. A informação foi confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo com uma fonte próxima à empresa e uma fonte próxima ao banco.
A expectativa é de que, com isso, a companhia possa centrar forças na operação da JBS que deve passar por forte turbulência com os acordos de delação, já fechado, e o de leniência que está em negociação com o Ministério Público Federal (MPF).
Por volta das 13 horas, as ações da JBS, dona da marca Friboi, avançavam 10,15%, na máxima. Operadores dizem que a recuperação se dá por conta das perdas históricas vistas com a repercussão do acordo de delação premiada feito pelos executivos do grupo.
A avaliação é de que a operação da dona das marcas Friboi e Seara é sólida e que pode resistir à turbulência gerada pelas revelações de corrupção.
A situação financeira no grupo tende a ficar apertada, na medida em que os bancos tiverem que renovar as linhas de crédito para a empresa ou até mesmo com o acordo a ser firmado com o MPF.
Segundo fontes, a empresa está otimista de que o acordo seja fechado em cerca de R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões, mas os procuradores estão bastante rígidos em função da péssima imagem que está sendo transmitida ao mercado com o acordo firmado com os irmãos Batista, em que eles saíram imunes dos crimes que admitiram ter cometido. A oferta original do MPF era um acordo de R$ 11 bilhões a ser pago em dez anos.
Interessados
Segundo analistas, a tendência é que a Fíbria seja a primeira interessada na Eldorado, até pela sinergia que uma aquisição como esta traria à empresa e o poder de mercado mundial que a companhia ganharia. Mas a Fibria vai querer comprar por um preço baixo, segundo fontes.
Já a Alpargatas teria o potencial de atrair os concorrentes que foram deixados para trás na disputa em 2015. A J&F pagou R$ 2,7 bilhões pela empresa, com dinheiro emprestado da Caixa.
A Vigor teria a empresa PepsiCo interessada. Qualquer conversa, no entanto, estaria condicionada ao fechamento do acordo de leniência.Por Estadão Leia mais em exame 25/05/2017
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