31 março 2017

Banco BVA espera vender R$ 2,3 bi de créditos ruins em leilão

Os investidores brasileiros deverão ter em breve um montante adicional de R$ 2,3 bilhões (US$ 740 milhões) em empréstimos ruins para analisar.

O Banco BVA, instituição do Rio de Janeiro que teve falência decretada em setembro de 2014, planeja oferecer R$ 2,3 bilhões em empréstimos ruins em um leilão que ainda precisa de aprovação final do tribunal de falências, segundo Eduardo Seixas, diretor na Alvarez & Marsal, companhia responsável pela administração judicial da massa falida do banco. A maioria dos empréstimos foi feita para empresas de médio porte, disse Seixas em entrevista.

O lance mínimo pela carteira foi estipulado em R$ 185 milhões, com base em avaliação da Ernst & Young, e 10 investidores disseram que estão interessados, segundo Seixas. Os potenciais compradores devem ter pelo menos R$ 100 milhões sob administração ou R$ 30 milhões em capital total. Após a aprovação do tribunal de falências, o que Seixas disse esperar para daqui a algumas semanas, o leilão deverá ser realizado até o fim de junho.

O Brasil se tornou um ponto central para os investidores em ativos distressed depois que dois anos seguidos de recessão devastaram as finanças corporativas, aumentando os índices de inadimplência. Instituições como Grupo BTG Pactual e Jive Investments vêm comprando ativos distressed, de empréstimos a imóveis. A Lone Star Funds, empresa de investimento com sede em Dallas, EUA, fundada pelo bilionário John Grayken, está abrindo um escritório no Brasil focado em ativos distressed da América Latina, disseram pessoas com conhecimento do assunto no início deste mês.

A Alvarez & Marsal, que foi nomeada administrador judicial do Banco BVA em 2014, também está vendendo os ativos imobiliários do banco. Seixas espera que a venda total de ativos levante cerca de R$ 400 milhões para os credores do banco, cuja dívida total é de R$ 3,5 bilhões.

"O mais importante é vender todos os ativos o mais rapidamente possível para evitar que percam valor", disse Seixas. (Bloomberg) -- Leia mais em jornalfloripa 30/03/2017

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