Com plano mais agressivo de mercado que vai de 2017 a 2020, a japonesa JTB anuncia aumento de participação no capital da agência de viagens corporativas Alatur JTB, indo de 47% para uma parte majoritária de 70%. Junto com isso, empresa tem orçamento de R$ 26 milhões para novas aquisições no mercado brasileiro.
De acordo com o presidente da JTB Americas, Jun Takeda, os planos estão em linha com as perspectivas de crescimento do tráfego de pessoas na América do Sul, que deve aumentar consideravelmente nos próximos anos, especialmente no Brasil.
Segundo pesquisa divulgada pela companhia, o número de turistas no continente americano tem crescido consideravelmente e deve continuar avançando. A expectativa é que, em 2020, o volume de passageiros cresça 41%, ante ao visto em 2012. Se separado por região, o fluxo de turistas da Ásia devem aumentar 106%, já da Europa o acréscimo deve ser de 28%, na mesma base de comparação. "Nos próximos anos veremos o que chamamos de big bang das Américas", cita.
Questionado sobre as possibilidades de novas aquisições, o executivo ressalta apenas que o momento é 'interessante' e, se houver oportunidades, a companhia estará atenta. Complementando a questão, o CEO da Alatur JTB, Eduardo Kina, responde que, diferente do que se pensa [em função da crise], as empresas não estão tão abertas para venda. "A velocidade de aquisição não está o que esperávamos. Há muita conversa, mas sem acordo", avalia.
Segundo ele, independente da situação financeira da empresa em negociação, a intenção dos proprietários não é vender barato ou 'de graça'. "Muitos não querem vender quando a negociação para eles está desfavorável. Acredito que veremos o mercado mais aberto quando sentir mais sinais de retomada da economia", prevê.
Aquisições ou parcerias
Kina afirma ainda que as oportunidades vão de pequenas a grandes empresas, mas a maior parte das conversas têm se concentrado entre companhias de médio porte com um volume de vendas médio anual entre R$ 50 milhões e R$ 200 milhões. "Estamos buscando não apenas empresas de viagens corporativas, mas também Mice [segmento de reuniões, incentivos, convenções e exposições, na sigla em inglês] e lazer voltado para os clientes corporativos, mas sempre mantendo a Alatur JTB como centro", diz.
O executivo conta ainda o gerenciamento e controle de gastos em viagens corporativos também são um mercado em potencial. "Hoje as viagens corporativas representam 75% do negócio e a ideia é que seja 50% e que as outras áreas também cresçam", analisa.
De acordo com Kina, a expectativa para a Alatur JTB é que o volume de vendas em 2017 tenha crescimento entre 4% e 6%, em linha com projeções de entidades do setor, como a Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP), que varia de 5% a 6%. "Isso só as estratégias orgânicas, o resto do crescimento que esperamos vem das ações inorgânicas", conta.
Parte do plano, segundo Kina, é ganhar participação de mercado em outras regiões do País. "O Sul é uma região que olhamos com carinho e outro é o centro-oeste", destaca. Para conseguir esta meta, ele explica que tem levado em consideração empresas de diversas regiões na hora de estudar novas aquisições. "Algumas regiões têm peculiaridades e por isso buscamos parceiros ou aquisições nesses locais", diz. Ele se refere à outra alternativa da empresa de atuar com o produto identificado como AJPartners, uma iniciativa que identifica possíveis empresas que podem oferecer oportunidades para a Alatur JTB, mas que não estão preparadas. - DCI Leia mais em portal.newsnet 03/02/2017
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