13 fevereiro 2017

Heineken fecha compra da Brasil Kirin por € 664 milhões

Compra vai criar a segunda maior cervejaria brasileira

A holandesa Heineken anunciou hoje que fechou a compra da Brasil Kirin Holding S.A., por 664 milhões de euros (US$ 704 milhões), num negócio que a transformará na maior segunda cervejaria do Brasil.

A Heineken vai adquirir a Brasil Kirin da japonesa Kirin, que fabrica a cerveja da marca e uma série de produtos farmacêuticos e químicos. A expectativa é que o acordo seja concluído ainda no primeiro semestre deste ano.

O montante a ser desembolsado estima o valor da empresa em 1,025 bilhão de euros. Em 2015, a Brasil Kirin tinha participação de 9% no mercado brasileiro de cervejas, segundo comunicado da Heineken.

As marcas de cerveja da Brasil Kirin incluem Schin, Baden Baden e Eisenbahn.
No mês passado, Heineken e Kirin já haviam confirmado que estavam em negociações. Fonte: Dow Jones Newswires.Por Estadão Leia mais em exame 13/02/2017

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A aquisição da Brasil Kirin pela Heineken em números

Com a compra, a companhia holandesa passa a ser a segunda maior fabricante de cervejas do mercado brasileiro, atrás da Ambev

Brasil Kirin: a Heineken afirmou que o portfólio da adquirida é complementar ao seu negócio de cervejas

A Heineken anunciou hoje, 13, a aquisição da Brasil Kirin, dona da Schin e Devassa. Com a compra, a companhia holandesa passa a ser a segunda maior fabricante de cervejas do mercado brasileiro, atrás da Ambev.

Confira os principais dados da operação no gráfico abaixo.

Em comunicado, a Heineken afirmou que o portfólio da Brasil Kirin é complementar ao seu negócio de cervejas e possibilitará o crescimento de marcas como Schin, Bavaria, Kaiser, Amstel e Devassa.

A Brasil Kirin também tem uma presença forte no Norte e Nordeste, regiões onde a Heineken tem uma participação menor.

De acordo com a Euromonitor, “a aquisição poderia  dobrar o tamanho das operações no país, criando uma plataforma ainda maior para marcas premium”.

Por causa de problemas na operação brasileira, o grupo japonês Kirin Holdings registrou o primeiro prejuízo da sua história em 2015. A brasileira inicialmente buscava vender ativos e em julho do ano passado vendeu uma fábrica para a Ambev.

Os riscos brasileiros e o mercado competitivo e estagnado eram “limitações” para tornar a Brasil Kirin rentável, afirmou a empresa.

História das marcas

A cervejaria Heineken surgiu em 1864, quando o holandês Gerard Adriaan Heineken adquiriu uma pequena cervejaria em Amsterdã e adotou o método alemão de baixa fermentação para fazer suas cervejas.

Em 1968, assumiu a Amstel. Hoje, tem mais de 250 marcas. Ela chegou ao Brasil em 2010, quando adquiriu a divisão de cerveja do Grupo FEMSA.

Já a história da Brasil Kirin começou em 1939, quando a Schincariol iniciou a produção do refrigerante Itubaína em Itu, SP. Em 1989, a empresa lançou a primeira cerveja, a Schincariol.

Em 2007, comprou as cervejarias Devassa e Baden Baden, de Campos de Jordão (SP). No ano seguinte, comprou a Eisenbahn, de Blumenau (SC), e a marca de cervejas Cintra.

A japonesa Kirin Holdings Company adquiriu o controle acionário pleno da Schincariol em 2011. O nome Brasil Kirin foi divulgado em 2012. Na ocasião, o grupo japonês pagou cerca de US$ 3,9 bilhões pela companhia brasileira, que era a 2a maior em participação de mercado. No entanto, o negócio perdeu espaço e a depreciação do real elevou os custos da operação.

A controladora, Kirin Holdings Company, surgiu como Japan Brewery Co., em Yokohama no Japão em 1885. A cerveja Kirin Beer foi lançada em 1888.

A conclusão da aquisição está sujeita às aprovações regulatórias habituais e está prevista para o primeiro semestre de 2017. Por Karin Salomão Leia mais em exame 13/02/2017

 Destaques financeiros

€ 664 milhões   É o valor que será pago à Kirin pelas ações da companhia.

R$ 3,7 bilhões  Foi a receita Brasil Kirin em 2016, aumento de 0,21% em relação ao ano anterior.

R$ 262 milhões  Foi o prejuízo fiscal antes da amortização de ágio da Brasil Kirin em 2016, contra prejuízo de R$ 322 milhões em 2015.

Marcas no Brasil

Heineken
Heineken, Desperados, Sol, Kaiser, Kaiser Radler, Bavaria, Bavaria Premium, Bavaria 0,0%, Família Xingu e Amstel (produzidas no Brasil).
Dos Equis, do México; a Birra Moretti, da Itália; a Edelweiss, da Áustria, e a Murphy’s Irish Stout, da Irlanda (importados).

Brasil Kirin
Schin, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Glacial, Cintra, No Grau, Kirin Ichiban (alcoólicos).
Água Schin, Itubaína, Viva Schin, Skinka, K Energy Drink, Água Tônica Schin (não alcoólicos).

Mercado brasileiro de cervejas

13,5 bilhões de litros Foi o volume de bebida vendido em 2015 no Brasil. O país é o 3º maior do mundo nesse critério, atrás dos Estados Unidos e China.

R$ 19,6 bilhões Foi o faturamento total do mercado, com uma projeção para crescer a uma taxa média ao ano de 2,3% até 2020, segundo a Euromonitor. Leia mais em exame 13/02/2017

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