A Wipro comprou a Infoserver, uma companhia paulista especializada em desenvolvimento de sistemas com atuação forte na área financeira, por R$ 27,6 milhões.
Como muitas empresas focadas na área financeira, a Infoserver tinha uma atuação discreta.
Em 2007 a empresa vendeu uma participação de 36,79% para o fundo Intel Capital. Na época, a companhia divulgou uma meta de se tornar uma das 10 maiores empresas de serviços do Brasil até 2012.
A meta não se concretizou. Segundo o Valor Econômico, a InfoServer tem receita anual na faixa de R$ 50 milhões. Mesmo assim, a companhia tem bancos como o Bradesco entre seus clientes.
“Esta aquisição proporcionará escala e relacionamentos com clientes-chave para a Wipro, especialmente nos domínios bancário, de serviços financeiros e seguros, que são os setores de maior e mais rápido crescimento na região”, resume Ankur Prakash, vice-presidente para mercados emergentes da Wipro.
A gigante indiana, com faturamento de US$ 7 bilhões, começou a ter uma presença maior no mercado brasileiro a partir de 2010, com a abertura de um centro global de operações em Curitiba, para o qual contratou 350 colaboradores investiu US$ 2 milhões.
Na época, a companhia divulgou uma meta de ampliar a participação da América Latina em sua receita global em dez vezes, saltando de 0,5% para 5% (algo como US$ 350 milhões).
A empresa está presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
Não é possível saber se a Wipro chegou a cumprir essa meta, uma vez que os resultados da região não aparecem nos balanços da Wipro.
A América Latina está incluída nos chamados "Mercados Emergentes" que são somados à região da Ásia Pacífico no relatório.
Ao todo, essa área toda responde por 11,2% do faturamento, então fica difícil acreditar que a América Latina responda pela metade disso.
Indianas como a Wipro, TCS e Mahindra chegaram ao brasil na primeira década dos anos 2000, sendo seguidos por uma leva de empresas menores do país na década seguinte.
Os indianos nunca conseguiram repetir por aqui o sucesso do modelo de negócios nos Estados Unidos, baseado em terceirização de desenvolvimento a baixo custo por profissionais na Índia.
Nos últimos tempos, parece que os indianos decidiram adquirir players locais para abrir portas no Brasil, um caminho que já foi seguido no passado por grandes empresas de outros países como Sonda e Capgemini.
Em agosto de 2013, por exemplo, a Tech Mahindra comprou 51% do capital da empresa brasileira de consultoria SAP, Complex IT, com investimento inicial de US$ 6,5 milhões em dinheiro, cujo pagamento total poderá passar de US$ 20 milhões. Maurício Renner Leia mais em baguete 25/01/2017
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