Os bancos selecionados para coordenar a oferta pública inicial de ações (IPO, da sigla em inglês) do Carrefour no Brasil são J.P. Morgan, BofA Merrill Lynch - como líderes -, Itaú BBA e Goldman Sachs, apurou o Valor . Neste mês avançaram as negociações para se definir os nomes. Paralelamente a esta, o Carrefour tem tratado de outra oferta, da Carmila, divisão de imóveis comerciais do grupo.
Neste caso, participam da operação Morgan Stanley e Société Générale.
Procurado, o Carrefour não se manifestou sobre o assunto.
De acordo com conversas iniciais, segundo pessoas próximas à companhia, existe a possibilidade de que a oferta da rede no Brasil seja realizada no segundo trimestre do ano, no mês de maio. Nos últimos dias, circularam informações no setor de que a demora na reação do mercado no Brasil poderia levar a oferta para a segunda metade do ano.
As expectativas de pessoas próximas ao negócio são de que seja captado com a operação algo entre € 3 bilhões e € 3,5 bilhões. Analistas calculam que a empresa no país valha entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões.
No caso da Carmila, a expectativa é que a oferta ao mercado, na bolsa francesa, ocorra entre maio e o início do terceiro trimestre, segundo uma fonte. O jornal "Les Echos" informou semanas atrás que a operação pode movimentar até € 4,5 bilhões.
Em relatório publicado há dez dias, em que analisa a empresa, a equipe de analistas do J.P. Morgan estimou que a filial brasileira vale € 8,5 bilhões (R$ 29 bilhões), acima da média com que o mercado tem trabalhado, com parte do valor refletindo o Atacadão, responsável por cerca de 70% das vendas do grupo. O valor de mercado do Grupo Pão de Açúcar na sexta-feira era de R$ 14,5 bilhões.
Hoje, a operação do Atacadão é bem maior que a o rival Assaí, do Grupo Pão de Açúcar. O Assaí responde por 35% das vendas do GPA (a metade do peso do Atacadão no Carrefour). Mas, enquanto o GPA tem acelerado seus resultados nos últimos meses, com a recuperação dos hipermercados, o Carrefour, com base de comparação mais forte, cresce num ritmo menor.
O Carrefour se expandiu 15% em 2016, para uma receita bruta de R$ 49 bilhões no ano, segundo cálculo com base no balanço trimestral. Em 2015, se expandiu 12,6%. O GPA cresceu cerca de 11% em 2016, para R$ 44,7 bilhões (valor bruto), apurou o Valor . Em 2015, se expandiu 6,9%. - Valor Econômico Jornalista: Adriana Mattos Leia mais em portal.newsnet 30/01/2017
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