O interesse sobre as “fintechs”, startups especializadas em serviços como consultoria de investimentos, controle de fraudes na internet, gerenciamento de contas pessoais, cobrança e empréstimos, está crescendo.
Os investimentos em 2015 tiveram alta de quase 20%ante 2014 e somaram US$ 386 milhões só na América Latina, que abriga 352 empresas do tipo, segundo pesquisa da consultoria McKinsey. O Brasil, maior mercado da região, concentra 170 delas.
Opotencial de crescimentotambémégrande: obanco GoldmanSachs prevêqueaté 20% do setor financeiro pode ser abocanhadopor essas empresas de tecnologia.
Mas, para entrar nesse mercado, não basta ter vontade: é preciso conhecimento do setor e alta capacidade de investimento. “Não é um mercado fácil. Você tem que mostrarqueésadioequenão vaigastarmaisdoquepode”, diz Patrick Negri, diretor da ABStartups (Associação Brasileira de Startups).
O estudo da McKinsey aponta que, das 325 “fintechs” latinas, só 35 receberammais de US$ 2 milhões.
Entre asconsultadaspela Folha, o investimento inicial médio é de R$ 1 milhão, antes de aportes de capital.
A vantagem é que, para muitas dessas empresas, o crescimento supera os 10% ao mês.Éocaso daMagnetis, plataforma on-line que apura perfis e dá consultoria parapessoas físicasquequerem investir. Cerca de 20 mil já baixaram o programa.
“Vejo que há espaço para crescimento nos próximos anos”, afirma Luciano Tavares, 42, presidente da empresa, que já recebeu R$ 3,2 milhões de investidores.
O consultor do Sebrae-SP Douglas Almeida diz que as startups ainda não avançaram sobre o mercado dos bancos, mas os gigantes do setor já se preocupamemtrazerparadebaixo de suas asas startups consideradas inovadoras, comespaçosdecoworkingcomooCubo, doItaú,eoInovaBra, do Bradesco.
resiliência Alémde terumaboa ideia, é preciso paciência. Thiago Alvarez, 36, e Benjamin Gleason, 39, sócios do GuiaBolso, sentiramisso na pele: ouviram 60 negativas antes do primeiro aporte, em 2013.
“Tínhamosumaboa ideia, mastodomundoduvidavada viabilidade de um aplicativo deserviços financeiros”,conta Alvarez.Aplataformaanalisa contas de pessoas físicas para controle financeiro e já teve3milhões dedownloads.
Segundo Alvarez, o crescimento foi de 300% em 2016.
Além de atrair investidores, também é preciso fazer contatosnaáreaeemsetores correlatos, segundo AlexandreLara, co-fundadordoFintechLab, umhubdeinovação quemapeia fintechsbrasileiras.
“Por serumnicho difícil, os envolvidos procuram se ajudar”, afirma.
Buscar parcerias é uma estratégia da Konduto, queanalisa fraudes em e-commerce.
O sócio Tom Canabarro, 29, participa de eventos não só para caçar potenciais clientes, mas conhecer outros fornecedores de áreas como logísticaemarketing.
A empresa prevê fechar 2016 com faturamento de R$ 1milhão.“Falarcomoutrasorganizaçõeséútil, poisvamos nosindicandoparaserviços.” Paraquem consegue seestabelecer, Almeida,doSebrae, recomenda estar aberto a sugestõesdoinvestidor.“ OCEO deve aceitar opiniões e buscar, além do dinheiro, o alinhamento de ideias e visão.” - Folha de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 21/11/2016
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