O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou na quarta-feira, 23, sem restrições, a joint venture entre a Gerdau, a Sumitomo Corporation e a The Japan Steel Works (JSW). Diante disso, as empresas reiteraram o cronograma de implantação do projeto anunciado em janeiro último de que o empreendimento, localizado em Pindamonhangaba (SP), começará a fornecer peças forjadas para torres de geração de energia éolica a partir do final de 2017.
"O segmento eólico foi o menos afetado com a crise. Vamos atender esse segmento a partir desse novo produto (peças forjadas) que vamos oferecer aos clientes", disse o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, em reunião com analistas e investidores, na manhã desta quinta-feira, 24.
Além de equipamentos para o segmento de energia eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para os setores de aço e alumínio, que já são feitos pela Gerdau e comercializados para mais de 30 países. A expectativa das empresas é de que a capacidade total da indústria eólica e de cilindros alcance 50 mil toneladas por ano.
O presidente da Gerdau lembrou que a joint venture envolve investimento importante, da ordem de R$ 280 milhões. Esses recursos serão destinados para a aquisição de novos equipamentos de produção. A Gerdau irá aportar principalmente os ativos para a produção de cilindros. Serão gerados 100 novos postos de trabalho diretos com a nova empresa.
Johannpeter afirmou ainda que a Gerdau espera fornecer para a cadeia de óleo e gás, mas que não espera constituir uma joint venture no segmento.
Crise
Também em reunião com os analistas, o diretor de Relações com Investidores da Gerdau, Harley Scardoelli, afirmou que os volumes ainda estão bastante impactados pela crise. Ele lembrou que o último trimestre geralmente é fraco para Brasil e América do Norte e que este ano não será diferente.
"O Brasil está tentando enxergar uma recuperação lá na frente e os volumes ainda estão bastante impactados pela crise", afirmou ele, em reunião com analistas e investidores, nesta manhã, lembrando que os números ainda são desafiadores.
Trump
Sobre a operação da Gerdau nos Estados Unidos, Scardoelli lembrou que há aspecto de novidade com a eleição de Donald Trump. Disse, porém, que a expectativa é de aumento dos investimentos nos EUA.
"A visão do mercado é de que Trump focará na recuperação da economia e isso é muito positivo para nós", destacou Scardoelli.
O executivo destacou ainda que os Estados Unidos não investem o necessário em infraestrutura há uma década. De acordo com ele, a América do Norte no curto prazo é impactada por importações, mas a expectativa é boa.
A siderúrgica gaúcha tem grande exposição de suas receitas no país norte-americano, da ordem de 30%. Está nos EUA desde 1998.Aline Bronzat e Fernanda Guimarães Estadão Leia mais em mackenziesolucoes 24/11/2016
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