04 novembro 2016

Fundo de investimentos do FGTS quer vender participação em empresas

O FI-FGTS, o bilionário fundo que aplica em infraestrutura recursos do trabalhador, está vendendo participações em empresas que podem render R$ 4 bilhões. O dinheiro será usado nos leilões do PPI (Programa de Parceria em Investimentos).

A decisão faz parte das novas diretrizes que serão submetidas ao comitê de investimento do fundo neste mês. No entanto, a Caixa, responsável pela gestão desses recursos, já conversa com potenciais compradores.

Considerados "maduros" –porque estão garantindo retorno ao acionista e poderiam seguir adiante sem o fundo participando do comando–, esses projetos hoje representam 30% do patrimônio do FI-FGTS –que é de R$ 32 bilhões. A nova diretriz de investimento do fundo é baixar esse índice para 10% –R$ 3 bilhões.

A participação na Alupar Investimentos é uma das que estão à venda. Desde 2009, quando o FI-FGTS comprou 18% da empresa, ela já abriu o capital na Bolsa e vem se expandindo no ramo de geração e transmissão. Hoje, tem seis hidrelétricas e mais de 22 linhas de transmissão, carros-chefe de um negócio que gera receitas anuais de R$ 1,5 bilhão. A venda da Alupar poderia render R$ 450 milhões.

Na prática, a saída da Alupar já começou. Neste ano, a própria companhia comprou participações minoritárias do FI-FGTS nas suas pequenas centrais hidrelétricas –algo em torno de R$ 30 milhões.

Também estão à venda os cerca de 5% do fundo na hidrelétrica de Santo Antônio (RO), hoje avaliada em R$ 800 milhões pelo mercado.

O projeto consumiu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos do FI-FGTS, desde 2009. De lá para cá, houve problemas que exigiram mais recursos dos sócios e culminaram com o envolvimento da Odebrecht –líder do projeto– na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O fundo também vai se retirar de empresas que hoje têm cláusula de saída ("put option"), como a J.Malucelli Energia, em que investiu R$ 300 milhões, em 2009. Esses prazos contratuais de venda de participação começam a vencer neste ano e, pelas regras, a companhia deve comprar a fatia do FI-FGTS.

Também devem ser vendidas as ações do Banco do Brasil recebidas em garantia pelas perdas do investimento na Sete Brasil, empresa de sondas da Petrobras que está em recuperação judicial. Com a valorização dos papéis, o fundo mais que cobriu o investimento realizado. A venda deve ser feita em etapas e movimentar cerca de R$ 2 bilhões.

O FI-FGTS, o bilionário fundo que aplica em infraestrutura recursos do trabalhador, está vendendo participações em empresas que podem render R$ 4 bilhões. O dinheiro será usado nos leilões do PPI (Programa de Parceria em Investimentos).

A decisão faz parte das novas diretrizes que serão submetidas ao comitê de investimento do fundo neste mês. No entanto, a Caixa, responsável pela gestão desses recursos, já conversa com potenciais compradores.

Considerados "maduros" –porque estão garantindo retorno ao acionista e poderiam seguir adiante sem o fundo participando do comando–, esses projetos hoje representam 30% do patrimônio do FI-FGTS –que é de R$ 32 bilhões. A nova diretriz de investimento do fundo é baixar esse índice para 10% –R$ 3 bilhões.

A participação na Alupar Investimentos é uma das que estão à venda. Desde 2009, quando o FI-FGTS comprou 18% da empresa, ela já abriu o capital na Bolsa e vem se expandindo no ramo de geração e transmissão. Hoje, tem seis hidrelétricas e mais de 22 linhas de transmissão, carros-chefe de um negócio que gera receitas anuais de R$ 1,5 bilhão. A venda da Alupar poderia render R$ 450 milhões.

Na prática, a saída da Alupar já começou. Neste ano, a própria companhia comprou participações minoritárias do FI-FGTS nas suas pequenas centrais hidrelétricas –algo em torno de R$ 30 milhões.

Também estão à venda os cerca de 5% do fundo na hidrelétrica de Santo Antônio (RO), hoje avaliada em R$ 800 milhões pelo mercado.

O projeto consumiu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos do FI-FGTS, desde 2009. De lá para cá, houve problemas que exigiram mais recursos dos sócios e culminaram com o envolvimento da Odebrecht –líder do projeto– na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O fundo também vai se retirar de empresas que hoje têm cláusula de saída ("put option"), como a J.Malucelli Energia, em que investiu R$ 300 milhões, em 2009. Esses prazos contratuais de venda de participação começam a vencer neste ano e, pelas regras, a companhia deve comprar a fatia do FI-FGTS.

Também devem ser vendidas as ações do Banco do Brasil recebidas em garantia pelas perdas do investimento na Sete Brasil, empresa de sondas da Petrobras que está em recuperação judicial. Com a valorização dos papéis, o fundo mais que cobriu o investimento realizado. A venda deve ser feita em etapas e movimentar cerca de R$ 2 bilhões.  Folha de S.Paulo - Leia mais em abinee  04/11/2016

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