As diferentes modalidades de transporte no Brasil têm sofrido com os efeitos da crise da economia do país. O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado ontem, indicou que a maioria das empresas do setor tiveram uma diminuição de 60,1% da receita bruta e redução de 58,8% do número total de viagens ao longo do ano de 2016.
Os dados da pesquisa ainda indicam que houve aumento do custo operacional para 74,6% das empresas, o que veio a comprometer o nível de produtividade.
A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016 entrevistou 795 transportadores de todo o país que atuam nos modais rodoviário, ferroviário de cargas, metroferroviário, urbano de passageiros por ônibus, aquaviário e aéreo.
Para a CNT, a instabilidade econômica e política teve papel decisivo na redução dos deslocamentos, diminuindo receita e forçando a redução das atividades do setor. A maioria dos transportadores (90,7%) considera que a crise política também afetou negativamente o mercado. Parte das empresas do setor (37,4%) informaram que tiveram que reduzir o número de veículos em operação em 2016.
Mesmo sofrendo os efeitos da crise, 53,5% dos transportadores aumentaram a confiança na gestão econômica do governo federal e 60,5% concordam com as medidas fiscais anunciadas. A Sondagem mostrou também que 49,3% dos empresários acreditam que a retomada do crescimento na economia do país só será percebida em 2018.
Para a CNT, a atual situação do país levou as empresas a suspenderem a contratação de novos funcionários e fazer a aquisição de novos veículos. O acesso ao crédito foi indicado como a maior dificuldade por 77% dos entrevistados. A facilidade em obter financiamento é indicada como forma de incentivar a retomada do processo de investimento na renovação e modernização da frota. A entidade patronal aproveitou a divulgação da pesquisa para cobrar investimentos em infraestrutura.
- Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/11/2016
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