O Banco Bradesco, o segundo maior banco brasileiro em valor de mercado, está estudando se deve criar sua própria empresa de recuperação de crédito, o que ajudaria o banco a maximizar a cobrança de dívida inadimplente, disseram pessoas com conhecimento direto do assunto.
O banco, que tradicionalmente promove executivos da casa para comandar novos empreendimentos, está conversando com especialistas e pode contratar pessoas do mercado para o time, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Nenhuma decisão foi tomada até o momento e o Bradesco poderia desistir da ideia, disseram as pessoas. O Bradesco não quis comentar, segundo sua assessoria de imprensa.
O Bradesco, que não vende seus empréstimos "podres" para investidores, busca uma forma de reduzir as perdas com tais operações. Economistas projetam que a taxa de desemprego do Brasil poderia subir para 12 por cento em 2017, o que poderá ser a taxa mais alta desde pelo menos 2009, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg. O número de companhias pedindo recuperação judicial alcançou o recorde de 1.600 neste ano até outubro, 58 por cento a mais que em igual período de 2015, de acordo com dados da Serasa Experian.
As provisões do Bradesco para empréstimos inadimplentes alcançaram R$ 31,9 bilhões (US$ 9,9 bilhões) no segundo trimestre de 2016, alta de 34 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2015.
O maior concorrente do Bradesco, o Itaú Unibanco Holding comprou do BTG Pactual 82 por cento da Recovery do Brasil Consultoria, em abril, por R$ 640 milhões. A Recovery é a maior empresa de gestão de empréstimos "podres" da América Latina.Cristiane Lucchesi (Bloomberg) -- Leia mais em bol.uol 08/11/2016
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