Assembleia dos acionistas se reúne hoje para decidir sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar
A integração entre a Cnova e a Via Varejo deve começar imediatamente após a aprovação dos acionistas, afirmou Peter Estermann, presidente da Via Varejo.
A assembleia dos acionistas se reúne hoje, 27, para decidir sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar e as duas companhias estão prontas para iniciar a integração, disse ele em conferência com analistas após a divulgação de resultados do terceiro trimestre.
A união dos negócios de lojas físicas e comércio eletrônico das lojas Casas Bahia e Pontofrio foi anunciada em agosto desse ano. Para analistas, não fazia sentido manter as operações separadas e conservar estruturas duplicadas, como equipe, logística, marketing e estoque para as mesmas marcas.
Com a fusão, as duas empresas esperam sinergias anuais de R$ 245 milhões. A Via Varejo já traçou um cronograma e as principais estratégias para conseguir conquistar esses cortes de custos.
Entre os potenciais ganhos, a maior parte está na integração logística e de estoques, afirmou Estermann.
A integração já deve estar bem encaminhada em novembro, a tempo da Black Friday e Natal, afirmou o presidente. As duas datas promocionais são as mais importantes para o varejo, ainda mais para o segmento de eletrônicos e eletrodomésticos.
“Queremos entrar na Black Friday já trabalhando de forma integrada com o comércio eletrônico e está tudo caminhando para que isso ocorra”, afirmou ele. A união pode gerar prazos mais acertados e cortes de custos para as entregas.
Outra forma de cortar custos com a união das duas operações é na parte administrativa, ou seja, que não afeta a operação das lojas. A empresa afirmou que, em algumas áreas, as equipes já foram unidas e já estão trabalhando juntas.
A integração de softwares e dos centros de distribuição também está na lista de sinergias esperadas. “Estou certo de que conseguiremos entregar 100% do valor das sinergias que divulgamos”, disse o presidente.
Festas com descontos
A companhia está se preparando fortemente para as festas de fim de ano e a Black Friday.
Com R$ 1,33 bilhões de caixa líquido e recebíveis de cartões, a empresa ampliou o seu nível de estoques especialmente para a data. Ela afirmou que, por conta desse diferencial, conseguiu fechar compras mais oportunistas com seus fornecedores.
A sua estratégia será manter preços competitivos, de olho em ganhar mercado sobre os concorrentes. “Estamos otimistas com essas datas promocionais, apesar de sabermos que o mercado vai continuar bastante difícil”, disse o presidente.Por Karin Salomão Leia mais em exame 27/10/2016
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