30 setembro 2016

Mais uma Unimed em negociação

A Unimed Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, está negociando a venda de sua carteira de clientes e hospital. A transação pode ser fechada com uma operadora de plano de saúde que não seja uma cooperativa médica, segundo o Valor apurou.

O presidente da Unimed Pindamonhangaba, José Renato Schmidt, informou que contratou a assessoria da PwC, mas pontuou que "não pode comentar sobre conversas em andamento."

A Unimed Pindamonhangaba tem uma carteira com 15,2 mil usuários e um hospital recém ampliado. Em 2015, a receita líquida caiu 4,5% para R$ 47,3 milhões e a última linha do balanço trouxe um prejuízo de R$ 2,1 milhões, contra um lucro de R$ 4,9 milhões em 2014. Na semana passada, a NotreDame Intermédica anunciou a compra da Unimed ABC. É a primeira vez que uma cooperativa médica é vendida a uma operadora fora do sistema Unimed.

Segundo a Unimed Brasil, entidade que representa as cooperativas médicas, o ideal é que as Unimeds em dificuldades financeiras repassem suas carteiras dentro do próprio sistema e seus médicos cooperados e hospitais prestem serviços às demais cooperativas. "Essa reconfiguração permite que as unidades de menor porte, por exemplo, se integrem regionalmente a operadoras Unimed em situação mais sustentável, fortalecendo a atuação da marca, tanto regional, quanto nacionalmente, diluindo o risco da sinistralidade, racionalizando custos administrativos e melhorando a operação", informa.

Para as Unimeds, a venda para outras operadoras não é interessante, uma vez que um dos atrativos do sistema é a sua presença nacional, ou seja, o cliente pode ser atendido em qualquer cidade.

A Central Nacional Unimed (CNU), Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp) e Seguros Unimed vão criar uma rede de médicos cooperados no ABC paulista para atender os clientes dessa região. A Unimed ABC tem 200 médicos associados que deixam de ser cooperados com a venda à Intermédica. A expectativa é que parte desses médicos venha fazer parte da nova rede, mas nem todos serão absorvidos porque a maioria dos clientes era da Unimed ABC. Autor: Beth Koike Fonte: Valor Econômico Leia mais em tudofarma  30/09/2016

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