O diretor de relações com investidores da companhia, Luiz Eduardo Sebastiani, conversou com jornalistas ontem após encontro da Copel com investidores em São Paulo. Segundo ele, a estatal paranaense começou a conversar com a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras com atuação no Sul do País, para avaliar a eventual troca de participação das companhias em linhas de transmissão. O acerto deve ser feito de forma a deixar a Copel com linhas mais próximas a sua atividade no Paraná, mas sem diminuir as receitas da companhia.
A paranaense pode considerar ainda a venda de ativos nas regiões Norte e Nordeste, a exemplo de uma linha no Maranhão que a estatal divide com a espanhola Elecnor. Nas linhas de transmissão instaladas no Norte, a Copel é sócia da chinesa State Grid. "Mas isso ainda é somente uma hipótese", ponderou o executivo.
A State Grid é uma das companhias que mais tem demonstrado interesse em ativos de energia no mercado brasileiro, mas Sebastiani não comentou se existem conversas em andamento com a chinesa.
Segundo o executivo, as possíveis trocas e vendas de ativos de transmissão fazem parte de uma revisão estratégica dos negócios da Copel e não serão feitas para reduzir sua alavancagem, que tem crescido nos últimos trimestres.
Ele afirmou ainda que o governo paranaense planeja reduzir sua fatia na companhia, mas o controle da Copel continua com o estado. A medida do governo visa aumentar o caixa, em um momento no quais os estados brasileiros enfrentam problemas com a queda na arrecadação e repasses do governo federal.
A Copel pode avaliar também a venda de ações na companhia de saneamento Sanepar. Opção descartada no momento pelo baixo preço dos papéis em relação ao ganho com os dividendos. - DCI Leia mais em portal.newsnet 25/08/2016
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