A Bovespa teve ontem uma sessão de fortes ganhos e fechou em alta de 2,42%, aos 58.299,57 pontos, no maior patamar desde 18 de setembro de 2014 (58.374 pontos). Foi também a primeira vez que a Bolsa brasileira terminou o dia acima dos 58 mil pontos neste ano. As altas foram generalizadas, tendo como principais destaques as das ações da Petrobras, que subiram 3,95% (ON) e 4,67% (PN), acompanhando a expressiva valorização dos preços do petróleo no mercado internacional.
As ações do setor bancário também apresentaram avanço firme, estimuladas pelo Banco do Brasil, que divulgou resultados trimestrais mistos, mas apontou perspectiva de melhora no segundo semestre. O principal suporte para o mercado acionário doméstico veio do exterior.
Em meio à divulgação de balanços corporativos positivos, as bolsas de Nova York subiram e atingiram as máximas históricas de fechamento.
O índice Dow Jones terminou o dia em alta de 0,64%, o S&P500 avançou 0,47% e o Nasdaq ganhou 0,46%. O recorde dos três principais índices norte-americanos num mesmo dia não era visto desde dezembro de 1999.
O petróleo se recuperou com vigor, subindo mais de 4%, em reação à declaração do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, de que está preparado para adotar qualquer ação “necessária” para estabilizar os preços da commodity.
O preço do barril do WTI para setembro negociado em Nova York subiu 3,04%, para US$ 42,98.
A valorização do petróleo à tarde reduziu o fôlego de alta do dólar à vista. Ainda assim, a moeda norte-americana encerrou no terreno positivo, pela primeira vez após sete sessões, nas quais havia acumulado queda de mais de 4% frente ao real. No fechamento, no mercado à vista, o dólar foi cotado a R$ 3,1385, em alta de 0,29%. O fator determinante para a valorização foi a decisão do Banco Central de ampliar em 50% a oferta de contratos nos leilões de swap cambial reverso. A operação, que equivale à compra de dólares no mercado futuro, envolveu 15 mil contratos, o equivalente a US$ 750 milhões.
Na renda fixa, os juros futuros seguiram o dólar de perto desde a abertura e, assim como a divisa dos EUA, desaceleraram o ritmo de alta na sessão vespertina. As taxas terminaram o dia perto do fechamento da véspera, com ligeiro viés de alta. Mais cedo, ajudaram a pressionar os juros as preocupações com o cenário fiscal e a inflação, além do leilão de papéis prefixados do Tesouro Nacional. Na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 terminou com taxa de 12,64%, de 12,65% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 subiu de 11,85% a 11,90%. - O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 12/08/2016
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