07 julho 2016

Google compra empresa que quer ensinar smartphones a reconhecer objetos

O Google anunciou hoje a compra da startup francesa Moodstocks, uma empresa de inteligência artificial que está desenvolvendo tecnologia que permitirá que os smartphones reconheçam objetos a partir de imagens. O valor da transação não foi divulgado.

De acordo com a Moodstocks, a sua missão é ajudar os dispositivos móveis "a entender os seus arredores". Para isso, a empresa utiliza modelos de aprendizagem de máquina para treinar os seus softwares a reconhecer objetos. A empresa francesa informou que os clientes pagantes de seus serviços continuarão a receber suporte ao longo da duração de seus contratos.

No entanto, a Moodstocks também anunciou que deixaria de oferecer seu serviço de reconhecimento de imagens para, no futuro, oferecer um serviço ainda melhor junto ao Google. Embora a gigante do mundo das buscas já esteja investindo nesse setor, ela não é a única. Outras empresas, como a Amazon e o Shazam, também estão criando soluções de reconhecimento de objetos a partir de imagens.

Ensinando melhor as máquinas

A aprendizagem de máquina, técnica usada pela Moodstocks para ensinar os smartphones a reconhecer objetos, já é utilizada pelo Google em muitos de seus produtos. Tanto o Google Fotos quanto o Tradutor, por exemplo, utilizam essa técnica para oferecer respostas cada vez mais adequadas aos seus usuários.

Um dos recursos introduzidos no Android 6.0, por exemplo, era o Now On Tap. Esse recurso escaneia a tela do smartphone do usuário e traz mais informações sobre o que estiver na tela. Em alguns casos, ele já consegue reconhecer imagens, mas é provável que a empresa veja essa aquisição como uma oportunidade para melhorar esse recurso.

Também vale lembrar que o Google recentemente anunciou o Google Home, o seu assistente virtual para casas, capaz de responder a comandos de voz. O dispositivo é um concorrente direto do Amazon Echo, por exemplo, que já se integra com sistemas de reconhecimento de objetos a partir de imagens. A aquisição, portanto, também pode ser vista como uma forma do Google ganhar competitividade nesse ramo. GUSTAVO SUMARES Leia mais em olhardigital.uol 06/07/2016 

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