O Aché fechou a compra do Laboratório Químico Farmacêutico Tiaraju, do Rio Grande do Sul, na segunda aquisição em menos de três meses. O negócio, cujo valor não foi revelado, inclui ainda o direito de acessar os desenvolvimentos do Tiaraju em cosméticos e nutracêuticos e está contemplado no orçamento de R$ 160 milhões em investimentos para 2016.
De controle familiar, o Tiaraju vai transferir ao Aché sua operação químicofarmacêutica e garante exclusividade sobre os produtos desenvolvidos em nutracêutica e cosméticos. "Não são aquisições de empresas grandes, mas especializadas, que complementam e trazem valor ao portfólio", disse o presidente do Aché, Paulo Nigro.
Com a compra, o Aché vai incorporar registros de 12 fitomedicamentos, um mercado de R$ 1,1 bilhão no ano passado, e ganhar fôlego para disputar a liderança, hoje da Takeda. "Somos o segundo, mas acredito que será possível atingir a liderança", afirmou.
O Aché já tem tradição nesse mercado. É do laboratório o primeiro fitomedicamento com pesquisa e desenvolvimento integralmente nacionais, o antiinflamatório Acheflan. Há duas semanas, o produto obteve registro de medicamento no México e será lançado no mercado local ainda neste ano.
Os produtos já registrados do Tiaraju, conforme Nigro, serão lançados gradualmente nos próximos anos. Para 2017, devem ser três lançamentos na área de fitomedicamentos e oito nutracêuticos, dos quais cinco nutricosméticos. "Esses produtos abrem uma nova avenida de negócios para o Aché", comentou, acrescentando que, em conjunto, os lançamentos vão adicionar de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões ao faturamento. No ano passado, a receita líquida do laboratório alcançou R$ 2,3 bilhões, com alta de 9,3%.
Em abril, o Aché comprou a paranaense Nortis Farmacêutica, reconhecida pelos antibióticos cefalosporínicos, usados no tratamento de infecções bacterianas. A Nortis tem capacidade de produção mensal de 1,2 milhão de blísteres e 400 mil frascos e é responsável por cerca de 50% do mercado desse tipo de antibiótico no Brasil. Jornalista: Stella Fontes - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 01/07/2016
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