Zaher, segundo maior acionista e atual presidente da Estácio, é amigo de Di Genio há décadas. Ele começou a carreira de empresário nos anos 70 como franqueado do Objetivo, rede de colégios e cursinhos fundada por Di Genio — costuma se referir a Di Genio como “ídolo”. Zaher, que passou os últimos anos brigando com a diretoria da Estácio, assumiu a presidência na semana passada — e, segundo executivos próximos à empresa, está “agitado” em busca de uma alternativa à oferta de aquisição anunciada pela rival Kroton no início de junho.
Uma fusão praticamente dobraria o tamanho da Estácio.
No fim de 2014, Di Genio contratou bancos de investimento para atrair um fundo de private equity que se dispusesse a comprar uma fatia minoritária de seu grupo educacional. Mas a coisa não foi adiante.
A ideia era fechar o negócio com o fundo e, pouco tempo depois, abrir o capital. Di Genio, que tem filhos jovens, não tem sucessor óbvio — tornar-se grande acionista de uma empresa aberta e com ações líquidas amenizaria o problema sucessório. Como o plano de fazer isso sozinho não deu certo, virar acionista de uma grande empresa que — como a Estácio — já tenha ações listadas em bolsa poderia vir a calhar.
Cabem três ressalvas. Primeiro, as conversas são preliminares. Segundo, Di Genio vem dando corda a interessados pela Unip há anos (a Kroton, inclusive). Mas o empresário, um dos homens mais ricos do país, acaba relutando na hora de fechar negócio — não quer “perder seu brinquedo”, nas palavras de quem já sentou com ele para negociar.
Finalmente, será preciso que os acionistas da Estácio aceitem uma eventual proposta de fusão das duas empresas, já que há outras na mesa. A Kroton aumentou nesta terça-feira sua oferta, e diz que não aumentará mais.
Procurados, Chaim Zaher e João Carlos Di Genio não retornaram os pedidos de entrevista.Tiago Lethbridge Leia mais em primeirolugaronline.exame 21/06/2016
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