Fundador, ao lado de sócios, de mais de 15 negócios - entre eles o iBest, portal e provedor, e o Submarino, site de comércio eletrônico -, o empresário Marcos Wettreich acaba de fechar um aporte para mais uma de suas empresas, a Brasil /CT.
Especializada na operação de plataformas de comércio eletrônico para grandes companhias - como Avon, Santander, Whirlpool, Mattel, Samsung, Arno e Disney -, a empresa recebeu R$ 35 milhões da gestora Invest Tech, que tem como foco o investimento em fundos de venture capital (que investem em empresas iniciantes) e de private equity (que compra participações em empresas).
A Brasil/CT faturou R$ 134 milhões no ano passado.
"Acreditamos no crescimento desse segmento, e a Brasil/CT pode se tornar uma consolidadora nesse mercado", afirmou Maurício Lima, sócio-fundador da gestora, que tem entre seus investidores o Grupo Telefônica e o BNDES.
A Invest Tech tornou-se sócia minoritária da companhia de Wettreich, que é controlador do negócio por meio de sua holding. O Banco Santander, que estava na Brasil/CT desde 2011, saiu da sociedade para abrir espaço para a gestora.
A butique de fusões e aquisições Greenhill assessorou a empresa de tecnologia. A Invest Tech contou com assessor próprio. O empresário não informou qual a participação adquirida pela Invest Tech, que não descarta fazer novos investimentos na empresa.
Com um fundo de R$ 210 milhões para investir, Lima afirmou que o foco da gestora é em empresas de médio porte e operadoras de telefonia. A meta é fazer aportes em companhias que faturam entre R$ 20 milhões e R$ 200 milhões.
Do total levantado pelo fundo, R$ 150 milhões já foram investidos em seis empresas. "Estamos com capital para investir em outros dois negócios", disse Lima.
Fontes de mercado afirmam que o setor de tecnologia da informação e empresas de operações financeiras tem sido alvo de investimentos, apesar da atual crise econômica.
Com o aporte, a Brasil/CT vai aumentar seu investimento em inovação tecnológica e iniciar aquisições de companhias complementares ao seu negócio.
Fundada no fim de 2010 por Wettreich, a companhia atua em B2C (sites de comércio voltados para o consumidor final) e também B2B (de negócios entre empresas).
"Acho que o mercado de B2C está bem resolvido com as empresas que já atuam nessa área, mas vemos espaço para crescimento no B2B", disse o empresário.
Com 52 anos, o engenheiro, formado pela PUC-Rio, virou uma espécie de guru de empreendedorismo ligado à tecnologia de informação.
No mercado, fontes comentam que ele deverá expandir seu atual negócio e começar a idealizar outra companhia nesse mesmo segmento. Wettreich o começou a empreender com 21 anos e desde então não parou mais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Mônica Scaramuzzo, do Estadão Leia mais em exame 10/05/2016
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