Investimentos: segundo fontes, gigante alemã Bertelsmann estaria negociando com faculdades particulares brasileiras
A gigante europeia Bertelsmann, que é dona da editora Cia. das Letras no Brasil, por meio da Penguin Random House, está em busca de expandir sua atuação no País. Como já vem fazendo no exterior, a empresa alemã prospecta agora por aqui oportunidades no setor de educação.
Com faturamento anual na casa de 17 bilhões de euros, a empresa alemã tem 1,3 bilhão de euros para investir em novas aquisições por ano em todo o mundo, até 2020. Dentro desta estratégia, os mercados chaves são o Brasil, a China, a Índia e os Estados Unidos.
No Brasil, segundo fontes, a empresa já teria aberto negociação com uma dezena de faculdades particulares de medicina - ou que tenham a área médica como "carro-chefe". O foco está em São Paulo, Minas Gerais e nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, apurou o Estado. Além disso, a companhia está também finalizando uma aquisição de uma empresa que desenvolve sistemas de ensino para a área de saúde - o negócio deve ser anunciado nas próximas semanas.
A Bertelsmann não é a única empresa de mídia global a buscar um "lugar ao sol" no setor educacional. A líder mundial em educação, a britânica Pearson - ex-sócia do Financial Times e da The Economist, mas ainda sócia da Bertelsmann na Penguin Random House - trilhou o mesmo caminho.
A diferença é que a Pearson está quase fora da área de mídia, enquanto a Bertelsmann ainda depende de seu segmento de origem.
A Bertelsmann é dona do maior canal de TV privado da Alemanha, a RTL; da editora Penguin Randon House (que é sócia da grupo editorial brasileiro Cia. das Letras); e da gravadora BMG. O grupo mantém escritório em São Paulo desde 2012.
Ao longo dos últimos quatro anos, a Bertelsmann constituiu, em parceria com a gestora Bozano Investimentos, um fundo R$ 800 milhões para o setor de educação. Foi a partir desse consórcio que a alemã comprou, no ano passado, 40% da Affero Lab, empresa de educação corporativa. Fundada em 2010 a partir da fusão de três startups, a Affero havia faturado R$ 140 milhões no ano anterior à aquisição, em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Renato Jakitas, do Estadão Leia mais em exame 03/04/2016
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