A Stone Pagamentos, adquirente de cartões que atua no mercado brasileiro desde 2013, acabou de anunciar a aquisição de 100% da Elavon do Brasil, quarta maior adquirente neste setor que movimenta por ano mais de R$ 1 trilhão.
Os acionistas da Stone investem e controlam diversas empresas no segmento de tecnologia e meios de pagamentos há mais de 15 anos. Desde sua origem, a Stone avançou com uma abordagem de tecnologia e atendimento disruptivas, conquistando uma importante posição no mercado. Encerrou 2015, seu segundo ano de operação, com forte crescimento de 784%, em um mercado que cresce em média 12% ao ano, e atingiu resultado positivo já no início de 2016.
“A Stone avançou por ter foco absoluto no cliente, o menor custo de processamento do mercado e metas para atingir o break-even rapidamente,” afirma Augusto Lins, diretor da Stone.
A aquisição da Elavon do Brasil faz parte da estratégia da Stone de expandir sua atuação no mercado brasileiro, atendendo um número ainda maior de segmentos e necessidades dos lojistas.
“Estamos felizes e motivados com a aquisição, pois o time da Stone possui uma história de sucesso e conhecimento desenvolvido em todos os negócios que investe. Eles conhecem profundamente a indústria de meios de pagamento e tecnologia e possuem um sistema de gestão reconhecido por sua eficiência. Este aporte de conhecimento será significativo para a operação da Elavon e em conjunto, as empresas ganharão grande agilidade e flexibilidade comercial.”, comenta Antônio Castilho, diretor da Elavon do Brasil.
Com a aquisição, a Stone fará um relevante aumento de capital na Elavon do Brasil, que permitirá reforçar seu plano de crescimento, ampliando a proposta de valor e qualidade do serviço para o mercado brasileiro. A marca permanece independente, assim como a sua plataforma de processamento robusta, com a mesma segurança de sempre.
“A Stone acredita fortemente na capacidade empreendedora do mercado brasileiro e esta aquisição reafirma nosso compromisso em facilitar o caminho para que nossos lojistas possam aumentar suas vendas, tendo à sua disposição mais opções de pagamento que sejam flexíveis, ágeis e focadas nas suas necessidades.”, afirma Verena Stukart, diretora da Stone.
Em um mercado que até 2010 era fechado e dominado pelos grandes bancos, a Elavon, marca reconhecida globalmente, apresentou no Brasil uma trajetória de crescimento relevante.
A empresa, que foi pioneira ao definir uma estratégia de atuação menos pautada no canal bancário, atraiu significativos segmentos de clientes, tendo um crescimento exponencial nos últimos dois anos. Hoje, a Elavon do Brasil possui mais de 2% de market share, com atuação destacada nos principais ramos de varejo, junto a grandes clientes.
As transações com cartão representam 30% do consumo das famílias brasileiras. De acordo com Verena Stukart, este número está aquém do potencial do mercado brasileiro quando olhamos a penetração de cartões em países mais desenvolvidos (nos Estados Unidos, por exemplo, a média é de 65% e na Inglaterra, 75%).
“A Elavon do Brasil agora se torna uma empresa ainda mais competitiva para entregar soluções que permitam ao lojista ter mais controle e faturar mais”, explica Verena.
Elavon e Stone continuarão com atuações e sistemas independentes, expandindo suas operações para mercados complementares, com estratégias focadas em segmentos específicos. “Temos certeza que vamos capturar grande parte do crescimento futuro do mercado, a despeito da situação econômica do país”, conclui Verena.
A Greenhill & Co do Brasil e o Citigroup atuaram como assessores financeiros na transação.
Leia mais ecommercenews 24/04/2016
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Citi e Bancorp vendem Elavon do Brasil, credenciadora de cartões, para Stone
A Stone Pagamentos, controlada pelo fundo Arpex Capital (que tem como sócio Jorge Paulo Lemann) e pelo Banco Pan, anunciou ontem a aquisição de 100% da Elavon do Brasil, empresa do segmento de adquirência, conhecido popularmente como “mercado das maquininhas de cartões”. A empresa era fruto de uma joint venture entre o Citigroup e a Elavon Inc., subsidiária do U.S. Bancorp.
O valor da transação não foi divulgado.
Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Stone teria desembolsado R$ 1 para adquirir a Elavon do Brasil e ainda assumido cerca de R$ 300 milhões em patrimônio líquido negativo. Para isso, a empresa teria captado com um grupo de investidores internacionais, segundo fontes de mercado, US$ 100 milhões destinados a cobrir o capital negativo, exigências regulatórias e ainda o fluxo necessário para que a empresa alcance o ponto de equilíbrio.
O Citi detinha 49,9% das ações da Elavon do Brasil e a USB Americas 50,1%. A Greenhill & Co do Brasil e o Citigroup atuaram como assessores financeiros na transação.
Conforme antecipou o Broadcast, a filial brasileira da Elavon está à venda desde novembro do ano passado, quando o Citi decidiu sair da sociedade, e chegou a ser negociada por meses com o Bradesco e Banco do Brasil (sócios na Cielo, líder de mercado). O negócio, no entanto, não prosperou. Além de a aquisição não tero consenso de alguns executivos dos sócios,teria pesado uma sinalização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de que poderia haver restrições para aprovar o negócio. Na sequência, o ativo foi oferecido ao Santander Brasil, que atua no segmento por meio da GetNet. No meio das negociações, a Stone entrou no jogo.
Valor. A Elavon tem, conforme noticiou ao mercado, mais de 2% de participação do setor de adquirência no Brasil, hoje liderado por Cielo e Rede (ex-Redecard). Esse share,considerando os múltiplos do segmento, corresponderia a um valor de mercado em torno de US$ 500 milhões. No entanto, poderia chegar a US$ 1 bilhão se levado em conta os múltiplos das maiores empresas do setor, o que, considerando o valor pago pela Stone, seria “barato”.
Analistas do setor atentam, porém, que os 2% de participação da Elavon teriam sido alcançados em dezembro apenas, quando o volume capturado no mês é estimulado pelas compras de fim de ano. Ou seja, o negócio pode não ter sido, segundo esses especialistas, tão vantajoso assim. Pesa ainda, conforme eles, o fato de parte dos clientes da Elavon não ser rentável já que a adquirente teria apertado suas margens para retê-los.
Em nota à imprensa, Elavon e Stone confirmam uma injeção de capital futura, mas não divulgaram valor assim como não revelaram o preço da venda. Dizem apenas que o aumento de capital será “relevante”. A aquisição, segundo a Stone, faz parte da estratégia de crescer no mercado brasileiro de cartões, que movimenta anualmente cerca de R$ 1 trilhão.
Fundada em 2013, a Stone atingiu break-even e entregou resultado positivo no início deste ano com uma base de 7,6 mil clientes ativos. Capturou cerca de R$ 1,4 bilhão em suas máquinas (POS, na sigla em inglês) no ano passado. A Elavon do Brasil, empresa de meios de pagamento criada em parceria com a USB Americas Holding Company em 2011, capturou cerca de R$ 16,4 bilhões ao fim de dezembro último.
A união de Stone e Elavon cria uma empresa de R$ 18 bilhões em valor transacionado.
Procurados, Citi, Elavon, Stone e Santander não comentaram. O Estado de Sao paulo Leia mais em portal.newsnet 23/04/2016
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