15 abril 2016

Bradesco Seguros negocia com Swiss Re joint venture em grandes riscos

A Bradesco Seguros está em negociações exclusivas e avançadas com a Swiss Re para uma joint venture na área de grandes riscos, segundo apurou o Broadcast. Detalhes ainda estão sendo discutidos, mas já estaria definido que o controle (60%) da empresa, conforme fontes, ficará com a sócia suíça e os outros 40% com a seguradora do Bradesco.

O valor do negócio teria ficado entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. O pagamento se dará, de acordo com fontes, em troca de ações por ativos. No final, a Bradesco Seguros, que entrará com os ativos, ficará com 40% da Swiss Re Corporate Solutions.

A expectativa, de acordo com as mesmas fontes, é que o contrato definitivo seja assinado em breve, e o anúncio deve acontecer até em maio. Já há, inclusive, um contrato de memorando assinado.

Com valor estimado em cerca de R$ 800 milhões, o ativo, que é cobiçado há anos pelo setor, foi ofertado, conforme fontes, a outras multinacionais, como as japonesas Tokio Marine e Yasuda Marítima, as alemãs HDI e Munich Re e a norte-americana AIG. No final, ficaram, conforme fontes, HDI e Swiss Re, mas a Suíça se saiu melhor. A operação está sendo assessorada pelo Bradesco BBI.

Seguradoras nacionais têm abandonado a atuação na área de grandes riscos devido ao fato de o segmento exigir especialização e grande escala, deixando o espaço aberto para as multinacionais focadas no setor de seguros. Isso porque, embora movimente cifras elevadas em prêmios, exige também fôlego para grandes sinistros.

Em 2014, a americana Ace comprou a carteira de grande risco do Itaú por R$ 1,5 bilhão e em maio do ano passado foi a vez da francesa Axa levar a operação da SulAmérica por R$ 135 milhões.

Procurada pela reportagem, a Bradesco Seguros e a Swiss Re não comentaram. Fonte: Aline Bronzati, Estadão Leia mais em revistaapolice 06/04/2016

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Bradesco avança em aliança com Swiss Re

A Bradesco Seguros está prestes a fechar com a seguradora Swiss Re joint-venture para atuar na cobertura de grandes riscos. O pré-contrato foi assinado entre as partes nesta semana e a previsão é que o anúncio formal seja feito no mês que vem, de acordo com interlocutores com acesso às negociações.

O valor total do negócio pode chegar a até R$ 750 milhões, mas a cifra final ainda não está definida.
No formato que está sendo desenhado, o Bradesco vai transferir sua carteira de apólices da operação com grandes riscos para a Swiss Re, que a colocará em uma empresa apartada. O banco receberá ações dessa nova companhia e deve ficar com uma participação de, no máximo, 40%, segundo fonte. O controle da empresa será da seguradora suíça. Além das ações, há expectativa de uma parcela ser paga ao banco em dinheiro.

Alguns dos detalhes da transação dependem da conclusão de uma "due dilligence". Também precisam ser acertados alguns pontos sobre a remuneração que o banco terá para distribuir as apólices de grandes riscos.

Grandes clientes dessa carteira, Vale e BRF, por exemplo, também são importantes empresas no portfólio do banco. A intenção é que o canal da Bradesco Seguros Corporativos toque a parte comercial.

O Bradesco busca um sócio nessa área desde o segundo semestre do ano passado. O projeto era conduzido pelo então presidente da seguradora, Marco Antonio Rossi, que faleceu em novembro. Desde então, o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, assumiu a frente das negociações. Essa troca acabou fazendo com que a negociação demorasse mais que o esperado pelo banco. A operação é assessorada pelo J.P. Morgan.

A Bradesco Auto RE, empresa em que estão alocadas as apólices de grandes riscos do banco, encerrou 2015 com R$ 176,4 milhões em prêmios pagos, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Não custa lembrar, a operação de seguros de automóveis, também incluída neste valor, não está à venda.

Além da Swiss Re, a HDI Seguros chegou a negociar com exclusividade com o banco, mas acabou ficando de fora. A HDI não comentará o tema.

Procurado, o Bradesco afirmou que está em período de silêncio que antecede a divulgação dos seus resultados do primeiro trimestre. O banco divulgará os números no dia 28. Segundo uma fonte, há um desejo de anunciar o negócio na divulgação de resultados, mas isso depende da conclusão da "due dilligence". A Swiss Re não comenta rumores.

A venda de carteiras voltadas para seguros de grandes riscos tem movimentado o mercado de seguros nos últimos anos. No ano passado, a francesa Axa comprou o segmento da SulAmérica por R$ 135 milhões. Já em 2014, a americana Ace (agora Chubb) levou a do Itaú por R$ 1,5 bilhão.

Para o Bradesco, a venda de uma parte da operação de grandes riscos terá efeitos positivos sobre o custo de capital do banco. Pelas regras de Basileia 3, que entra progressivamente em vigor até 2019, as atividades de seguros vão passar a consumir mais capital por parte dos bancos. Como a rentabilidade das operações de grandes riscos é menor que a de seguros de varejo, há um incentivo para que os bancos se desfaçam desses ativos. O acordo de acionistas, porém, prevê que o banco terá uma participação relevante na gestão do negócio, disse uma fonte.  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 15/04/2016

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