Ao invés de ver essa movimentação como um inimigo a ser combatido, o Santander resolveu ir atrás deste ideal justamente incorporando uma destas empresas: a empresa de cartões pré-pagos com atendimento totalmente eletrônico ContaSuper.
“Nossa parceria começou em 2013, quando a gente começou a mergulhar sobre algumas empresas que estão surgindo no mercado em serviços financeiros alternativos no gera”, relembra o atual CEO da ContaSuper, Ezequiel Archipretre. No ano passado, o banco adquiriu 50% da startup, mas recentemente é que a operação foi completa: em 14 de março, o Santander anunciou a compra da outra metade, incorporando-a ao braço digital de sua estratégia.
Com operações completamente eletrônicas, a ContaSuper oferece todas as funcionalidades de pagamento de uma conta corrente comum, sem a necessidade do vínculo com o banco: é possível pagar contas, emitir boletos, realizar transferências e fazer compras tanto pela internet quanto usando um cartão físico pré-pago - com bandeira MasterCard.
A conta não é totalmente livre de tarifas, mas Ezequiel garante que, por conta das facilidades operacionais do antendimento totalmente remoto, estas estão “entre as mais baixas do mercado”. Há opções para pessoa física e pessoa jurídica, com funcionalidades específicas, como geração de boletos.
Com a aquisição, o banco tem duas intenções principais: adquirir uma fatia de mercado a que antes não tinha acesso e, ao mesmo tempo, acelerar sua entrada em um mundo financeiro 100% conectado.
“Queremos ser o primeiro banco daqueles clientes que não têm acesso às instituições financeiras, aquelas pessoas que hoje estão desbancarizadas, com uma plataforma mais simples e ágil”, explica o executivo, que garante que uma conta pode ser aberta em 3 minutos, com muito menos burocracia e um relacionamento mais simples. Ao mesmo tempo, o fato de todo o processo ser 100% digital facilita, aos olhos de Ezequiel, a entrada do banco em uma nova era, que faz parte de um “movimento natural”.
Produtos futuros
Embora hoje a ContaSuper ofereça apenas serviços pré-pagos, Ezequiel acredita que outros tipos de transações do banco possam passar a ter a característica digital em algum momento no futuro.
“Na cruz de atividades de um sistema financeiro típico, temos os pagamentos, o recebimento, o credito e o investimento”, explica. “Sozinha, a ContaSuper tem apenas os dois primeiros aspectos. Mas essa parceria vai fazer com que as sinergias aconteçam pegando o melhor de cada uma das instituições”, prevê ele, mencionando a facilidade com que o Santander pode oferecer à ContaSuper estas novas possibilidades: “com uma instituição por trás isso acelera muito”.
Essas mudanças, contudo, não ocorrerão tão cedo. “Dentro dos planos pra 2016 a gente trabalha muito na fortaleza que hoje já temos, mas a partir do momento em que juntamos as duas [empresas], tem um planejamento estratégico que pretende colocar os outros atributos [na fintech]”, comenta. InfoMoney Leia mais em portal.newsnet 21/03/2016
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