BM&FBovespa: alguns acionistas da Cetip já teriam manifestado aceitação da oferta de compra, mas posição do conselho foi desfavorável
A Cetip anunciou nesta noite de quarta-feira, 2, que seu conselho de administração decidiu hoje não aceitar, nos termos específicos apresentados, a proposta apresentada pela BM&FBovespa para adquirir as ações da companhia.
Ao mesmo tempo, autorizou seus assessores financeiros e consultores legais a iniciar conversas sobre a proposta com a bolsa.
Na última sexta-feira, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou que a Cetip debateria a proposta hoje, mas que uma resposta poderá ocorrer somente na próxima semana.
Alguns dos principais acionistas da companhia, que possui uma base acionária bastante pulverizada, já sinalizaram que a oferta agradou e que são favoráveis à união das duas companhias, ainda conforme fontes.
A ICE, maior acionista da Cetip com um pouco mais de 12%, tem dado pouca clareza sobre seu posicionamento, segundo uma das fontes consultadas.
A bolsa ofertou R$ 41 por ação da depositária, a avaliando em R$ 10,8 bilhões, informação também antecipada pelo Broadcast. A oferta vinculante estipula um preço de R$ 41 por ação, sendo 75% em dinheiro.
A parcela do valor a ser paga em dinheiro estará sujeita a correção pela taxa do CDI após aprovação da proposta em Assembleia Geral da Cetip até a data do efetivo pagamento do valor aos acionistas da Cetip.
Como o Broadcast informou semana passada, alguns acionistas da Cetip já teriam manifestado a aceitação da oferta, mas ainda não sabiam dizer qual seria o posicionamento do Conselho da depositária. Entre as alternativas estão a rejeição, a recomendação aos acionistas, ou "aceitar negociar", explicou uma fonte.
No entanto, a bolsa brasileira deu uma data clara para que as empresas cheguem a um desfecho em relação às tratativas, 20 dias contados a partir do recebimento da oferta, ou seja, o prazo é dia 10 de março.
O Itaú BBA e Morgan Stanley, que foram contratados pelo Conselho da Cetip na ocasião do recebimento da oferta não vinculante de R$ 39 por ação, em novembro do ano passado, trabalham na análise da oferta recebida. Renato Carvalho e Fernanda Guimarães, do Estadão Leia mais em exame 02/03/2016
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