Apesar disso, essa camada ainda tem o maior contingente de brasileiros, com 103,6 milhões de pessoas. Compõem esse grupo indivíduos de famílias com renda mensal entre R$ 1.646 e R$ 6.585. Na classe D estão famílias com renda de R$ 995 a R$ 1.646 e na E, de até R$ 995.
Diante do cenário de aprofundamento do desemprego, a economista não vê perspectiva de reversão da tendência. As recessões afetam mais as classes mais baixas, já que as vagas que demandam menor qualificação são as primeiras a serem cortadas. Assim, é provável que a classe C volte a ter menos de 50% do total da população, patamar de 2010.
"O nível de consumo atrofiado sinaliza que a mobilidade para baixo está em curso", afirma o economista Altamiro Carvalho, da FecomercioSP. Pesquisa feita em setembro pela entidade mostrou que 1,2 milhão de famílias caíram de classe social na primeira metade de 2015. "De lá para cá, o ritmo de queda da renda só aumentou e os preços subiram ainda mais".
Mauricio Prado, do instituto Plano CDE, afirma, porém, que as conquistas sociais dos últimos dez anos forjaram uma classe C "menos vulnerável", que deve reagir a esta crise de uma forma diferente. Parte dos bens de consumo adquiridos nos últimos anos, por exemplo, serão usados para gerar renda extra. Pesquisa feita pela consultoria no ano passado com 120 famílias apontou que 40% delas usavam os eletrodomésticos com essa finalidade.Por Camilla Veras Mota | De São PauloFonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 11/01/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário