01 dezembro 2015

Para Hermes Pardini, aumento do desemprego é o maior obstáculo

Plano de expansão neste ano previa fechar duas aquisições, que não ocorreram...Leia mais em ValorEconômico 01/12/2015
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Para Hermes Pardini, aumento do desemprego é o maior obstáculo

Santoro, do Hermes Pardini: "Se em 2016, a retração permanecer, os níveis de crescimento da empresa poderão ser menores"

Um dos líderes no mercado de análises clínicas do país, o laboratório Hermes Pardini teve de rever suas previsões para este ano e vai fechar 2015 com um faturamento menor do que o inicialmente previsto e sem ter conseguido concretizar as duas aquisições que planejava.

Ainda assim, o comando da companhia continua apostando na estratégia iniciada em 2012, de expansão por meio de compra de outros laboratórios, principalmente em regiões metropolitanas importantes do país.

Roberto Santoro, presidente do Pardini, diz que o principal obstáculo para a empresa hoje é a ameaça de uma escalada mais aguda dos índices de desemprego. Como a maioria dos planos privados de saúde é corporativo, demissões em alta significam menos segurados e, consequentemente, menos internações, cirurgias e menos exames clínicos.

O Pardini depende quase 100% do setor privado de saúde; a fatia de contratos públicos é marginal.
Em 2015, a empresa já sentiu o reflexo da retração econômica e do fechamento de postos de trabalho.

No início do ano, Santoro tinha como horizonte um faturamento de R$ 1 bilhão. Mas foi forçado a recalcular a meta. "Devemos ficar em torno dos R$ 850 milhões em 2015", disse ele ao Valor. O resultado ficará em linha com a previsão revista de faturamento e acima do de 2014. No ano passado, a empresa faturou R$ 750 milhões.

O que Santoro diz é que não só o Pardini, mas todo o setor - que no geral fecha no azul este ano - teria crescido mais não fosse o aumento do desemprego e encolhimento da economia.

O executivo coloca o Pardini como a segunda maior empresa do setor em volume de análises clínicas (atrás do Dasa) e numa provável terceira posição em termos de receita (atrás de Dasa e Fleury).
Negócio de família de mais cinco décadas, a empresa vendeu, em 2011, 30% da empresa ao fundo de investimentos Gávea. A sociedade continua em pé.

No ano seguinte à operação, veio a nova estratégia de crescimento. A empresa começou a comprar laboratórios que tinham serviços complementares aos seus. Foi assim com o Padrão, em Goiânia; o Digimagem, em São Bernardo do Campo (SP); e a Progenética no Rio.

Belo Horizonte e região metropolitana continuam sendo sua maior praça, onde o Pardini tem 70 unidades de atendimento. No início de 2015, Santoro tinha em mente fechar mais duas aquisições este ano, que não vingaram.

Santoro insiste e diz que há algumas conversas em curso, mas que o alvo mais próximo envolve uma empresa na região Sudeste. Ele prefere não dar detalhes.

Com uma nova recessão esperada para 2016, Roberto Santoro estuda uma forma de proteger a empresa. E o que lhe parece lógico no momento é crescer, trazendo mais empresas para o grupo Pardini.

"Num ambiente de mais retração, caso ocorra, pode ser que a gente antecipe algumas aquisições em discussão, ou em andamento", disse ele. "Se em 2016, a retração permanecer, os níveis de crescimento da empresa poderão ser menores e a ideia é tentar compensar isso com aquisições, com entradas em novos mercados".

O grupo tem hoje 3.500 funcionários e realiza 60 milhões de exames por ano.01/12/2015 - Fonte:  Valor Online Leia mais em gsnoticias 01/12/2015

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