Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), COMPANHIAS ENERGÉTICAS e MINERAÇÃO foram os mais ativos no mês de outubro.
O maior apetite em novembro ficou por conta dos investidores Estratégicos com 51 operações (79,7%). Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 57,8% das operações e 56,5% dos montantes investidos.
Desinvestimento: 152 projetos de 43 empresas representam R$ 187,1bilhões - Visando acompanhar o impacto nas empresas e em M&A por conta do Operação LavaJato e da crise econômica (elevado endividamento/ recessão..), mapeou-se os principais projetos que estão sendo anunciados pela imprensa brasileira como desinvestimentos.
A maior transação no mês de novembro/15, foi o anúncio da Companhia Siderúrgica Nacional do acordo com sócios asiáticos para criação de uma empresa de mineração que combinará a mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa, além de ativos de logística. O valor de referência na operação foi de 16 bilhões de dólares.
Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) Recessão aquece mercado de fusões e aquisições no Brasil. Depreciação do real e dificuldades econômicas tornam empresas brasileiras mais atrativas. (ii) O 1º trimestre de 2016 será a 'hora da verdade’. O primeiro trimestre de 2016 é aguardado com ansiedade por analistas econômicos e políticos. (iii) Crescimento só no 2º semestre de 2016. Previsão foi feita por Nelson Barbosa. (iv) Empresas estrangeiras aproveitam real fraco para fazer aquisições no Brasil. As empresas brasileiras estão mais baratas hoje do que em muitos anos, oferecendo aos caçadores de pechinchas oportunidades de fazer aquisições de primeira linha. (v) Brasil desperta interesse, mas deixa investidor externo 'atônito', diz Anbima. Ao olhar para o Brasil, os investidor externo vem provando que o lema de vender um ativo na alta e comprar na baixa está mais atual do que nunca.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de NOVEMBRO de 2015.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 57,8% do total das operações e 87,4% do valor total dos investimentos.
Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de NOVEMBRO, 64 transações em 25 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 12,3% em relação ao mês anterior ( 73 operações).
Evolução nos últimos 3 anos - Constata-se um crescimento de 3,2% no comparativo do número de transações realizadas no mês de novembro de 2015, em relação ao mesmo mês de 2014.
Já em relação ao acumulado nos primeiros onze meses de 2015, apuradas 733 operações, registra-se um crescimento de 15,3% se confrontado com igual período de 2014, quando foram realizadas 636 operações.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS e PETRÓLEO E GÁS são os setores com maior queda do número de transações no acumulado do ano.
Acumulado volume de transações dos últimos doze meses sinaliza retomada - O mês sinaliza um crescimento de 0,2% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - novembro de 2015, com 830 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações. Vale ressaltar que 2015, está sinalizando um ciclo de crescimento do número de transações, interrompido em setembro, considerando que o período é marcado sobretudo por expectativas negativas, por conta da inflação crescente, forte alta do dólar ( volatilidade do câmbio), limitação do crédito e aumento dos juros, redução dos investimentos e PIB em queda. Ou seja um ciclo em que o mercado está se contraindo. De um lado, a combinação ou fusão de negócios são saídas para enfrentar uma concorrência mais acirrada num mercado menor, com custos mais elevados, de outro, a venda de ativos contribuem injetar recursos auxiliando no pagamento de dívidas. Correndo por fora, estão as operações resultantes da Operação Lava Jato, onde grupos controladores, sobretudo de empreiteiras, se viram obrigados a negociar ativos, como forma de pagar as dívidas e se manter operando.
Porte das transações: 55% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 64 transações apuradas, 35 são de porte até R$ 49,9 milhões - 54,7% do total e responderam por 0,7% do seu valor. Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2015, registraram 423 transações representando 57,7% do total e 1,8% do valor.
Cerca de 7% das operações respondem por 78% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foram apuradas 10 transação em novembro, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 15,6% do número de operações e responderam por 95,1% do valor das transações. No acumulado do ano, são 50 transações que correspondem a 6,8% e respondem por 78,1% do valor total das transações.
Crescimento de 255 % do montante em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em novembro de 2015, estima-se o total de R$ 93,5 bilhões, representando um crescimento de 254,9%, em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 96,8%) e Não Divulgados (3,2%).
O valor total dos negócios nos primeiros onze meses de 2015, alcançou R$ 297,7 bilhões, representando um crescimento de 44,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Maior crescimento de transações de grande porte - acima de R$ 1,0 bilhão. O quadro abaixo mostra a evolução das transações por porte, nos primeiros onze meses nos últimos três anos.
Evolução Semestral Porte da Operação [> 999,9] R$ Milhões
MINERAÇÃO foi o setor de maior expressão entre os investimentos realizados nos primeiros onze meses do ano, no cômputo total dos investimentos - com R$ 78,1 bilhões.
No gráfico dos setores TOP's, abaixo, estão relacionados por ordem de relevância os investimentos acumulados, por setor, realizados no ano e comparativo com o ano anterior.
Investidores estratégicos estão com maior apetite - O maior apetite em novembro ficou por conta dos investidores Estratégicos com 51 operações (79,7%), e responderam por 97,5% dos montantes investidos.
No quadro abaixo mostra a evolução do número de transações nos primeiros onze meses em termos investidor estratégico e financeiro, sendo que o maior crescimento no período ficou por conta dos Investidores Financeiros, com 16,3%.
Predomínio dos investidores Nacionais em volume e em valor no acumulado do ano - Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 57,8% das operações e 65,7% dos montantes investidos no mês de novembro. Os de origem Estrangeira responderam por 42,2% dos negócios e 34,3% dos valores envolvidos.
No acumulado dos primeiros onze meses, os investidores de origem Nacional predominaram com 57,8% das operações e 56,5% dos investimentos realizados.
Na evolução do número de transações nos primeiros onze meses em termos investidor de capital nacional e capital estrangeiro comparativamente com o mesmo período de ano anterior, o maior crescimento ficou por conta do investidor de capital nacional em 19,8%.
Desinvestimento: 152 projetos de 43 empresas representam R$ 187,1 bilhões - Visando acompanhar o impacto nas empresas e em M&A por conta do Operação LavaJato e da crise econômica (elevado endividamento/ recessão..), mapeou-se os principais projetos que estão sendo anunciados pela imprensa como desinvestimentos ou considerados como tal.
Na relação aos setores, destacam-se: Infraestrutura, Construtoras/Empreiteiras, Petróleo e Gás, Energia… Dentre as 43 empresas, o maior número anunciado de operações de desinvestimentos são da Petrobrás, Vale, Eletrobrás e Empreiteiras. No total das transações anunciadas, destaque para a Petrobrás que anunciou programa de desinvestimento segregado em dois períodos: o montante de R$ 15,0 bilhões (R$ 40,0 bilhões) para o biênio 2015 e 2016. O montante de US$ 40,0 bilhões para 2017 a 2020.
Em 2015, já foram identificados como Desinvestimentos 152 projetos no montante de R$ 187,1 bilhões ( neste levantamento considerou-se somente o montante de R$ 40,0 bilhões da Petrobrás referente ao primeiro biênio).
Maior transação do mês - A maior transação em nov/15, foi a Companhia Siderúrgica Nacional anunciando acordo com sócios asiáticos para criação de uma empresa de mineração que combinará a mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa, além de ativos de logística, e que vai permitir a transferência de parte de dívidas do grupo siderúrgico para a nova companhia. O valor de referência para as relações de troca envolvidas na operação foi de 16 bilhões de dólares após anos de negociações entre a CSN e os sócios asiáticos que até agora dividem a Namisa com a CSN. 30/11/2015
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:
Recessão aquece mercado de fusões e aquisições no Brasil. Depreciação do real e dificuldades econômicas tornam empresas brasileiras mais atrativas. Na América Latina taxa de atividades de fusão e aquisição (M&A) em estágio inicial no terceiro trimestre de 2015 cresceu para 48.6%. O Deal Flow Predictor (DFP), relatório da Intralinks sobre as tendências e previsões para níveis de atividades futuras em fusões e aquisições (M&A) em estágio inicial, prevê que o volume de M&A global deve aumentar em cerca de 7% durante o primeiro trimestre de 2016, em comparação ao primeiro trimestre de 2015. Os setores com previsão de maior crescimento de atividades de M&A em 2016 são os de Consumo, Saúde, Alta tecnologia e Imobiliário e Varejo. Já os setores de Energia, Indústria e Telecom devem apresentar diminuição. 05/11/2015
O 1º trimestre de 2016 será a 'hora da verdade’. Hora da verdade, ponto de decisão. As nomenclaturas podem variar um pouco, mas o primeiro trimestre de 2016 é aguardado com ansiedade por analistas econômicos e políticos. O cenário mostra que neste período o mercado de trabalho mostrará plenamente os efeitos da recessão, os preços estarão ainda altos e o cenário de "dominância política" deverá persistir, impedindo que a agenda fiscal avance no Congresso. Com a inflação elevada e desemprego crescente, a "sensação térmica" da população sobre a economia pode piorar sensivelmente nos primeiros três meses do ano que vem, avaliam economistas do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que se reuniram ontem no Valor. 25/11/2015
Crescimento só no 2º semestre de 2016. Previsão foi feita por Nelson Barbosa. Levy defende ajuste para reduzir juros. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse ontem que espera uma recuperação da economia no segundo semestre do ano que vem. Segundo ele, o comércio exterior e os investimentos em infraestrutura devem puxar a melhora da economia em 2016. Segunda-feira, o governo reviu as projeções para o próximo ano, prevendo queda de 1,9% na economia ante desempenho positivo de 0,5%. Segundo ele, os investimentos em infraestrutura devem melhorar com os diversos projetos que o governo pretende licitar. Uma que deve ser realizada entre o fim deste ano e o início de 2016 é a de quatro terminais portuários. Barbosa ressaltou ainda que o governo deve mudar as regras nos próximos leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos para atrair investidores estrangeiros. 25/11/2015
Empresas estrangeiras aproveitam real fraco para fazer aquisições no Brasil. As empresas brasileiras estão mais baratas hoje do que em muitos anos, oferecendo aos caçadores de pechinchas oportunidades de fazer aquisições de primeira linha. Mas são os investidores estrangeiros que parecem mais entusiasmados com as perspectivas do Brasil do que os próprios brasileiros, muitos dos quais estão apreensivos com a turbulência política e o consequente agravamento da desaceleração econômica. O que virou a maré para muitos investidores foi a desvalorização de mais de 30% do real em relação ao dólar, que tem beneficiado investidores estrangeiros.23/11/2015
Brasil desperta interesse, mas deixa investidor externo 'atônito', diz Anbima. Ao olhar para o Brasil, os investidor externo vem provando que o lema de vender um ativo na alta e comprar na baixa está mais atual do que nunca. Reunidos ontem em evento no Valor, economistas do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Anbima concordam que os estrangeiros estão atordoados com o momento ruim pelo qual passa o país, mas em conversas com bancos, gestoras e consultorias têm sempre uma pergunta na ponta da língua: "qual o momento certo para comprar”? "Temos visto bastante consultas de operadores internacionais de infraestrutura", disse Denise Pavarina, diretora executiva do Bradesco e presidente da Anbima. Segundo ela, o Brasil sustenta hoje um preço relativo que interessa investidores internacionais e esse dado não pode ser desprezado. Segundo Denise, do Bradesco, mesmo com taxa de juros de 14% ao ano, há uma série de investimentos em infraestrutura para acontecer e que não estão sendo ignorados por operadores externos, especialmente porque há várias empresas sendo questionadas no âmbito da operação Lava-Jato.25/11/2015
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
• SEMANA DE 23 a 29/nov/15
• SEMANA DE 16 a 22/nov/15
• SEMANA DE 09 a 15/nov/15
• SEMANA DE 02 a 08/nov/15
• SEMANA DE 26/out a 01/nov/15
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
• FUSÕES E AQUISIÇÕES: 73 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM OUTUBRO/2015
• TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2015
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
Parabens pelo artigo
ResponderExcluirExcelente painel mostrando que existem muitas oportunidades nesta fase de crise e que não devemos baixar as mãos e sim seguir em frente, atentos ao que ocorre ao seu redor e agir, agir serena e firmemente.
Jose Luiz Pereira - SupriQual