23 dezembro 2015

Fundo árabe compra 20% do frigorífico Minerva por R$ 746 milhões

Gestora Salic, fundada pelo rei da Arábia Saudita, negociava a aquisição da empresa brasileira há pelo menos um ano

A gestora Saudi Agricultural and Liverstock Investiment (Salic), fundada pelo rei da Arábia Saudita, tornou-se acionista minoritária do Grupo Minerva, o segundo maior exportador de carne bovina do Brasil. A operação envolveu a compra de 19,95% de participação da companhia (cerca de 48 milhões de ações) por 746 milhões de reais, de acordo com fontes próximas à operação.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o frigorífico confirmou nesta terça-feira que está em "processo de finalização dos documentos" para a entrada da Salic no negócio.
As negociações entre a gestora árabe e o frigorífico ocorrem há pelo menos um ano, mas se intensificaram nos últimos seis meses. Um grupo chinês também disputava a fatia minoritária do frigorífico, mas as conversas não foram levadas adiante.

A operação envolvendo a compra da fatia minoritária do Minerva foi feita pelo veículo de investimento da Salic em Londres. Pelo acordo de acionistas, a Salic entrou na sociedade da holding VDQ (Vilela de Queiroz), que pertence à família fundadora do grupo, e terá três dos dez assentos no conselho da companhia. O acordo de acionistas é válido por dez anos. O grupo Minerva, da família Vilela, foi assessorado pelo Itaú BBA e o Salic, pelo UBS.

A entrada de um sócio no Grupo Minerva foi considerada estratégica, uma vez que o grupo pretende expandir seus negócios, sobretudo na América Latina, de acordo com fontes. Atualmente, o grupo de alimentos tem dezessete fábricas de abate e desossa, onze delas no Brasil, três no Paraguai, duas no Uruguai e uma na Colômbia. Nos últimos anos, a companhia brasileira também tem crescido por meio de aquisições e poderá fazer investimentos na Argentina, ainda de acordo com fontes.

Em 2014, a Minerva encerrou com faturamento de 7,99 bilhões de reais. No terceiro trimestre, a companhia apresentou receita bruta de 2,5 bilhões de reais, montante 30,4% maior que o do mesmo período do ano passado e prejuízo líquido de 446,1 milhões. Leia mais em veja 23/12/2015


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