De acordo com o documento, serão iniciados em 15 de dezembro os negócios com ações ordinárias de emissão da Forno de Minas. As operações serão feitas no sistema escritural Itaú Corretora de Valores S/A, cotadas em reais e com lote padrão de negociação de 100 ações.
Segundo a Bovespa, o nome de pregão será “FORNODEMINAS” e o código de negociação será “FOMS3”. “Todas as ações componentes do capital social participarão em igualdade de condições com relação a eventuais benefícios que vierem a ser distribuídos”, conclui o comunicado. A empresa foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta edição não comentou o assunto.
Apesar de passar a ser listada, a Forno de Minas não deverá fazer nenhuma oferta de ações no pregão de hoje. No segmento Bovespa Mais as empresas têm até sete anos para realizar a Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês). A estratégia permite que a companhia se prepare de forma adequada e ao mesmo tempo a coloca na “vitrine” do mercado, aumentando sua visibilidade para os investidores, conforme a Bovespa.
O segmento possibilita a realização de captações menores do que as realizadas no Novo Mercado. As ofertas de ações podem ser destinadas a poucos investidores e eles geralmente possuem perspectivas de retorno de médio e longo prazos.
Em setembro, uma fonte, que preferiu não se identificar, que a Forno de Minas estaria pronta para realizar uma oferta inicial de R$ 150 milhões. A transação seria operada pela Credit Suisse. Porém, a informação não foi confirmada pela empresa.
A Forno de Minas entrou com o pedido de registro de companhia de capital aberto junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em agosto. Em outubro, a empresa obteve o registro solicitado.
A Forno de Minas, com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi fundada na década de 1990 e recentemente completou 25 anos. A empresa familiar foi pioneira na produção de pão de queijo congelado. Durante nove anos, o negócio cresceu tanto que, em 1999, surgiu a oportunidade de vender a marca para uma gigante internacional: a multinacional Pillburry, que em seguida foi comprada pela General Mills.
A empresa ficou sob o comando da multinacional por dez anos e, em 2009, a família recomprou o negócio. Desde então, a Forno de Minas vem adotando série de ações agressivas como forma de retomar e ampliar cada vez mais seu mercado. Prova disso é que em 2010 vendeu 30% de seu capital para o fundo de private equity Mercatto Alimentos. Dessa forma, a empresa se transformou em sociedade anônima (S/A) de capital fechado e, em 2013, a Bozano Investimentos comprou a Mercatto e se tornou sócia da Forno de Minas.
Atualmente, a marca conta com 90 produtos diferentes, dos quais 25 estão disponíveis para o varejo, enquanto o restante é direcionado à área de food service. Somente em relação ao pão de queijo, seu carro-chefe, a empresa detém 50% de market share em todo o País. Por isso, investiu recentemente na ampliação da capacidade produtiva de sua fábrica.
A linha de produção de pães de queijo dobrou e hoje são fabricadas cinco toneladas por hora. Considerando todos os itens, a produção chega a 11 toneladas por hora. A Forno de Minas tem 820 funcionários, que trabalham em regime de três turnos. As informações são do Diário do Comércio. Leia mais em milkpoint 15/12/2015
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