A CCR tem interesse no negócio, mas não quer fazer aporte de capital, afirmou uma fonte próxima às negociações. Eles preferem outra estrutura, com troca de ações, disse essa fonte, acrescentando que, embora o prazo para a entrega das propostas tenha se encerrado na semana passada, há espaço para receber novas ofertas. Não estamos fazendo uma licitação. A CCR pediu mais prazo e o CPPIB não apresentou oferta, disse essa fonte.
Venda de ativos. No primeiro semestre, a Primav colocou à venda parte de seus ativos, entre eles a Elog, uma das maiores operadoras logísticas do País, que pertence à EcoRodovias. Essa empresa foi adquirida em 2010 pelo grupo, mas seus resultados ficaram aquém do esperado. Em agosto, essa empresa foi oferecida para dois clientes, mas seu alto endividamento (em torno de R$ 400 milhões) não atraiu compradores, disse outra fonte com conhecimento no assunto. Outro ativo que pode ser vendido é a Ecoporto - um terminal em Santos, adquirido em 2012, mas que viu sua movimentação ser prejudicada pela entrada de Embraport e BTP.
De acordo com essa mesma fonte, se a Primav conseguir essa capitalização, o grupo não vai precisar vender esses ativos, pelo menos no curto prazo. Uma pessoa próxima à construtora afirmou que o endividamento da companhia é alto e se houver mudança de controle na EcoRodovias, há pagamentos de debêntures que terão de ser antecipados.
Criada em 1997 pela Primav, do grupo CR Almeida, a EcoRodovias teve como acionista a companhia Impregilo International N.V., do Grupo Impregilo, maior construtora de capital aberto da Itália. Primeiro, os italianos investiram na Ecovias dos Imigrantes, e, em 2002, na EcoRodovias, por meio de compra de participação acionária. Em 2012, o grupo italiano vendeu 19% da participação na companhia para a CR Almeida, por R$ 2 bilhões, e as ações remanescentes, de 6,5%, para o BTG.
Em seu balanço do primeiro semestre, a EcoRodovias apresentou uma dívida líquida de R$ 4,36 bilhões (que inclui a Elog). A receita no semestre ficou em R$ 1,241 bilhão. Procuradas, EcoRodovias, Atlantia, Gavio e CPPIB não retornaram os pedidos de entrevista. CCR e Arteris não comentaram o assunto. - O Estado de São Paulo Leia mais em revistaferroviaria 14/10/2015
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