O conselho de administração da Petrobras aprovou uma lista de 26 ativos que podem ser vendidos, de diversas áreas de negócios da companhia, no âmbito do plano de desinvestimentos da estatal, que prevê arrecadar US$ 57,7 bilhões no período 20152019. Segundo uma fonte a par do assunto, a lista não inclui a venda de 49% da Gaspetro, braço da estatal que concentra os ativos de distribuição de gás natural, e de uma fatia na BR Distribuidora.
"Já foram duas empresas colocadas à venda, a BR e a Gaspetro. Além delas, há outros 26 [ativos] aprovados para serem vendidos. Alguns estão em negociação", disse a fonte ao Valor.
Questionada sobre quais áreas pertencem os 26 ativos, a fonte afirmou que são de várias unidades de negócios e que algumas negociações já foram antecipadas pela imprensa, porém, não detalhou os ativos e as áreas.
Em reportagens recentes publicadas pelo Valor, algumas áreas colocadas à venda pela Petrobras foram a rede de postos de gasolina na América do Sul e o campo de Tartaruga Verde, previsto para entrar em operação em 2017, no pós-sal da Bacia de Campos.
Com relação à reestruturação da estatal, de acordo com três fontes com conhecimento do assunto, a empresa planeja extinguir as sete diretorias executivas e criar quatro vice-presidências: Exploração e Produção (E&P); Desenvolvimento; Downstream (Refino e Abastecimento); e Financeira, além de manter a presidência, ocupada atualmente por Aldemir Bendine. Também está em discussão transformar os cargos de 32 gerentes executivos em diretores estatutários.
A medida, discutida na reunião do conselho na sexta-feira, é um desdobramento da proposta de reestruturação da empresa, em estudo pelo comando da estatal.
"Ela [a reestruturação] foi proposta e não aprovada, porque carece de mais estudos.
Não é uma mera reorganização de cargos e salários. Existe uma série de coisas do ponto de vista legal e jurídico para resolver. É um estudo que está sendo desenvolvido e abarca uma série de variáveis", disse uma fonte, explicando que foi a quarta vez que o tema foi discutido pelo conselho.
"Isso ainda está em discussão", disse outra fonte, explicando que há divergências de opiniões sobre o assunto no conselho.
O Valor apurou que ainda há uma discussão profunda no conselho sobre a reestruturação da companhia. Um dos pontos delicados, segundo uma fonte, é que a medida, voltada para a melhoria da governança da empresa, pode ser refletida em outras estatais futuramente. "Há uma enorme preocupação política do governo, com relação a isso".
Em junho, o Valor antecipou que o conselho estudava a redução, de sete para quatro, do número de diretorias. A ideia era criar duas diretorias operacionais: de "Upstream" e "Downstream", que responderiam, respectivamente, pela "Exploração e Produção" e "Refino e Abastecimento", e manter as diretorias Financeira e de Relações com Investidores e de Governança, Risco e Conformidade.
Tanto no modelo inicial quanto no mais recente, está prevista a extinção das diretorias de Gás e Energia e de Engenharia, Tecnologia e Materiais. Elas seriam incorporadas pelas outras diretorias, ou pelas novas vice-presidências. Por Rodrigo Polito e Cláudia Schüffner | Do Rio Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 30/10/2015
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