Aquisição faz parte do plano de expansão da companhia, que inclui investimentos na atuais unidades... Leia mais em Valor Econômico 02/09/2015
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Na contracorrente da crise, a Localfrio se prepara para investir e crescer no setor retroportuário de armazéns de contêineres. A aposta será em duas frentes: aquisição de novos ativos - estuda a compra de ativos da Elog, da EcoRodovias - e via investimento direto em unidades próprias nos portos de Santos (SP) e Itajaí (SC).
"Estamos estudando a Elog. Em princípio nos interessam entre quatro e cinco ativos da empresa", disse Helio Vasone Jr., principal executivo da Localfrio, de capital 100% familiar. No passado a Localfrio chegou a tentar comprar algumas dessas unidades, que pertenciam à empresa Columbia, mas a Elog levou a melhor.
O investimento seria feito com capital próprio. O interesse recai principalmente nos Centros Logísticos Industriais e Aduaneiros (Clias) de Campinas e São Paulo, recintos alfandegados onde são adiantados processos de importação e exportação de cargas. A ideia da Localfrio é ter capilaridade em corredores estratégicos do comércio exterior, próximos aos aeroportos e ao porto paulistas.
Hoje a Localfrio tem sete unidades de negócios: duas instalações no porto de Santos, duas no de Suape (PE) e uma no de Itajaí. Tem ainda um armazém frigorífico em São Paulo, e, finalmente, uma empresa de transporte.
A Elog administra os serviços logísticos da EcoRodovias. Tem uma rede de 16 unidades entre portos secos, Clias, centros de distribuição e plataformas logísticas no Sul e Sudeste. Originalmente a EcoRodovias pretendia vender a controlada de forma integral, mas estuda a possibilidade de desmembrar as unidades em blocos. Procurada, a EcoRodovias afirmou que a venda do ativo ainda está sendo avaliada.
Na vertente do crescimento orgânico, a Localfrio está aportando R$ 40 milhões para modernizar o Terminal II do Guarujá, no porto de Santos, e o Terminal Redex, em Itajaí, para que possam atuar como Clia. Hoje, ambas instalações só podem trabalhar com cargas domésticas e de exportação. A empresa já recebeu o termo de admissibilidade da Receita Federal e espera agora a homologação sob o novo regime. Serão os dois primeiros Clias da empresa.
Segundo Vasone, o foco é manter os principais clientes de exportação e aumentar o volume de carga de importação, buscando novos clientes, preferencialmente que operem nos portos onde o grupo está presente.
A investida também visa garantir a permanência da Localfrio no porto de Santos. O contrato de arrendamento do Terminal I do Guarujá da empresa, contíguo ao Tecon Santos, da Santos Brasil, termina em 2016 e não pode ser renovado - a área consta do pacote de licitações do governo federal.
Mas a empresa está pedindo reequilíbrio financeiro do contrato solicitando mais sete anos de prazo. Alega concorrência imprevista no porto nos últimos anos, com a entrada de novos terminais. Segundo a Secretaria de Portos (SEP), o pedido está na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que, em abril, pediu documentos complementares para concluir a análise do estudo de viabilidade.
A Localfrio faturou R$ 400 milhões em 2014. Este ano a receita deve cair 10%, devido à queda no armazenamento. A área de transporte deve responder pelo recuo menos brusco do faturamento. Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | De Santos Leia mais em portosenavios 03/09/2015
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