09 setembro 2015

Crise retarda a retomada de aquisições no país, diz banco Goldman Sachs

Mesmo com a crise, bancos estrangeiros têm encontrado oportunidades no país, por meio de clientes interessados em diversificar investimentos no exterior, levantar recursos fora ou vender ativos. É o caso do Goldman Sachs.

Fusões e aquisições que tiveram uma retomada global no ano passado, tem no entanto crescido a um ritmo mais lento no Brasil, em razão das incertezas no país.

"As M&As estão voltando mais vagarosamente do que no mundo por causa da percepção de risco local, afirma Stephen Scherr, estrategista-chefe do Goldman Sachs nos Estados Unidos e responsável pela América Latina.

"As pessoas, por definição, vão querer um retorno maior de seus investimentos do que em outros mercados. Mas deveremos ver mais empresas brasileiras como alvo", acrescenta Scherr, que veio ao Brasil na semana passada.

O interesse vem menos de investidores financeiros e mais de corporativos e estratégicos. "Olham mais para commodities e o setor de alimentos", segundo Scherr.

O que assusta mais o investidor, impeachment ou anos de dificuldades econômicas?

"Ninguém gosta de estagnação, de declínio da economia, mas o impeachment não é tão fácil quanto parece. Não digo que seja bom ou ruim, mas a história mostra que uma mudança abrupta pode muito frequentemente ser desafiadora", afirma. "Mas ninguém conhece mais a situação do que os brasileiros."

O Goldman Sachs estima que o Fed (o BC dos EUA) eleve juros só no ano que vem. "Não acho que haverá um grande impacto no Brasil, mas haverá algum.

O custo para brasileiros tomarem emprestado subirá, o que é mais complicado para companhias em uma posição mais fraca. Mas há aspectos locais mais complexos."

O banco manterá a posição no Brasil, diz. "Não reduziremos o número de funcionários, mas ele pode flutuar." Folha de S.Paulo - Mercado Aberto - Leia mais em abinee 08/09/2015
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