22 agosto 2015

Fusões e aquisições somam no 1º semestre menor volume em 6 anos

Volume de anúncios somou R$ 18,2 bilhões, informou a Anbima. Na comparação com 1º semestre de 2014, queda foi de 74%.

O volume de anúncios de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições de ações e reestruturações societárias somou R$ 18,2 bilhões no primeiro semestre, volume mais baixo para o período dos últimos 6 anos, informou nesta quinta-feira (20) a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que representa as instituições do mercado de capitais.

O montante representou uma queda de 74% em relação ao mesmo período de 2014, refletindo também um baixo número de operações, que caiu quase pela metade. Foram apenas 35 em 2015, em comparação aos 62 anúncios realizados nos primeiros seis meses do ano passado.

O valor médio dos negócios ficou em R$ 500 milhões, o menor resultado para um primeiro semestre desde o início do acompanhamento, em 2010.

Desvalorização do real aumenta apetite de estrangeiras

Como consequência da alta do dólar, as aquisições de empresas brasileiras por grupos estrangeiros cresceram, em volume financeiro, de 40,3% para 43,2% na comparação semestral, mas houve redução em número de negócios realizados, de 41,9% para 40%.

“O cenário de instabilidade macroeconômica, com aumento da taxa de juros e pressão inflacionária, diminui o apetite das empresas brasileiras por novos negócios. As estrangeiras, por sua vez, passam a olhar o Brasil com mais interesse por conta da valorização do dólar em relação ao real”, disse Ubiratan Machado, coordenador da Anbima.

As transações de menor valor, entre R$ 20 milhões e R$ 99 milhões, lideraram as fusões e aquisições no primeiro semestre, representando 40% dos negócios.

Os fundos de private equity estiveram presentes em 14 transações no volume de R$ 5,5 bilhões. A forma de pagamento mais utilizada foi dinheiro e a modalidade de negócio preferida dos investidores foi aquisição do controle.

Destaques
O setor de Alimentos e Bebidas respondeu por 30,3% do volume financeiro (R$ 5,5 bilhões), enquanto Energia registrou o maior número de operações, com 20% de participação, correspondente a R$ 3,9 bilhões.

As duas maiores operações do semestre foram a venda da Moy Park Europe pela Marfrig à JBS, com volume de R$ 4,6 bilhões, e a fusão da Santander Asset Management Brasil com a Pioneer, controlada pela Unicredit, que movimentou R$ 2,3 bilhões. Leia mais em G1 21/08/2015


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