Estratégico para o país, o setor de energia desafia a crise econômica e deve receber grandes investimentos privados neste e nos próximos anos. Projetos de pelo menos R$ 5,5 bilhões estão no planos das empresas do setor. Esse panorama é apresentado pela publicação "Valor Análise Setorial Energias Renováveis", que o Valor acaba de lançar.
O fato de os investimentos ocorrerem em plena crise econômica e hídrica indica a importância do setor para o país, diz Onildo Cantalice, coordenador do estudo e diretor de conteúdo da Primeira Edição Setorial, parceira do Valor na publicação.
A crise, porém, deve afetar negativamente o setor em pelo menos um aspecto importante: os
novos empreendimentos devem sofrer os efeitos do corte de financiamento pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento e Econômico Social (BNDES), opina Cantalice. Em compensação, as
empresas participantes sabem que, ao vencerem os leilões de contratação de energia, passam a ter receita assegurada.
No levantamento realizado pela publicação, o coordenador do projeto destaca, entre outros, os projetos da Casa dos Ventos Energias Renováveis. A construção de parques eólicos próprios com capacidade de geração de 1.100 megawatts (MW) está orçada em R$ 5,5 bilhões, com desembolsos de cerca de 25% desse valor em 2015 e 2016.
"Esse é o investimento mais relevante da empresa, mas não inclui os valores aplicados nos parques eólicos em consórcio nem os investidos na fase de pré- construção", explica o diretor de desenvolvimento de negócios da empresa, Lucas Araripe.
Maior geradora privada de energia, a Tractebel Energia tem projetos de R$ 4 bilhões com desembolsos previstos até 2017. Entre os planos estão a construção de uma usina térmica no Rio Grande do Sul para 340 megawatts e parques eólicos no Nordeste (Bahia e Ceará).
De acordo com o diretor-presidente, Manoel Zaroni Torres, a Tractebel "está atenta às oportunidades de mercado, com ou sem crise. Isso faz parte do ambiente de negócios, sempre em constantes mudanças. Mas, como em toda crise, sempre podemos encontrar algum tipo de benefício".
A publicação reúne informações dispersas por centenas de fontes e uma equipe de jornalistas e economistas checa todos os dados e os coloca em perspectiva "Além disso, as empresas são contatadas, o que proporciona um conjunto de novas informações inéditas", cita o coordenador. "Essas informações servem de instrumento de tomada de decisão, prospecção de clientes, definição de estratégias."
O estudo analisa as cadeias de negócio de cada setor, desde os insumos até a distribuição, passando por fatores macroeconômicos e setoriais. "São informações isentas e objetivas, em uma linguagem direta", afirma Cantalice. Realizado ao longo de três meses, o estudo inclui levantamento de dados,
checagem, entrevistas com empresas, representantes setoriais, executivos e consultores do setor. Por Eduardo Belo | De São Paulo Valor Análise Setorial Energias Renováveis 2015 Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 05/08/2015
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