A Cemig reiterou, nesta quarta-feira, 19, em coletiva de imprensa, o interesse nos ativos de geração térmica da Petrobras que devem ser colocados à venda pela petrolífera. Conforme o diretor de Relações Institucionais e de Comunicação da Cemig, Luiz Fernando Rolla, a atual posição financeira da companhia - que, ao final de junho, possuía uma alavancagem de 1,8 vez - permite crescimento orgânico e via aquisições, além de investimentos em tecnologia e infraestrutura.
"Existem muitas oportunidades nos próximos 12 meses em função de uma série de ações que os agentes de mercado estão tomando. Uma delas seria a Petrobras colocar à venda seus ativos de geração térmica os quais temos interesse", explicou. Além disso, o executivo citou que a Cemig participará de todos os leilões de transmissão a serem realizados neste ano. "Esses aportes deverão trazer retorno maior aos acionistas", ressaltou.
Dos resultados do segundo trimestre, o diretor destacou o alcance de 70,01% do valor inferior do guidance para o ano para o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). De abril a junho, o indicador ficou em R$ 3,811 bilhões. A faixa do guidance é de R$ 5,435 bilhões a R$ 6,834 bilhões.
Já sobre o avanço de 14,7% da receita consolidada no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, Rolla disse que os reajustes tarifários efetuados desde o começo de 2015 ajudaram. Segundo ele, houve uma alta acumulada de 50% até abril.
Com relação aos investimentos, no primeiro semestre, o total ficou em R$ 1,104 bilhão, 43% do planejado para 2015, de R$ 2,542 bilhões. "Destacamos a ligação de 160 mil novos consumidores. Até o final do ano serão 250 mil novos consumidores ligados. E mesmo assim houve queda de 8% de consumo, decorrente da economia dos consumidores. Se não tivéssemos feito essas novas ligações, com certeza, o recuo do consumo seria maior", explicou.
Bandeira verde em 2016
Rolla também acredita, assim como o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em declaração recente à imprensa, que é viável a aplicação da bandeira verde na tarifa de energia elétrica a partir do início de 2016. "Claro que se chover o suficiente", ressaltou.
Sobre a redução do valor da bandeira vermelha, o executivo comentou que depende de decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Hoje o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) está em R$ 160/MWh, metade do início do ano. Se o custo da compra da energia cair abre espaço para diminuição de valor da bandeira", falou. Por Suzana Inhesta, correspondente | Estadão Leia mais em yahoo 19/08/2015
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