A Pearson Plc está estudando a venda do Financial Times após receber abordagens de potenciais compradores, segundo fontes informadas sobre o assunto.
Com sede em Londres, a Pearson está sondando possíveis ofertantes interessados no jornal com páginas de cor salmão, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as deliberações são confidenciais.
Uma venda poderia avaliar o jornal em até 1 bilhão de libras (US$ 1,6 bilhão), disseram duas das fontes.
Embora não exista nenhum processo formal em andamento, o Financial Times poderá atrair o interesse de empresas de mídia como a Axel Springer SE, assim como investidores da Europa, do Oriente Médio e da Ásia, disseram as fontes.
A Pearson tem um valor de mercado de 10,3 bilhões de libras.
As conversas a respeito de uma possível venda, que vêm e vão há anos, esquentaram em um momento em que o CEO, John Fallon, está focando em conter a desaceleração da unidade educacional da empresa, sobrecarregada pela queda do número de matrículas universitárias nos EUA e pela diminuição das vendas de livros didáticos.
Não foi tomada nenhuma decisão final e a Pearson ainda pode decidir manter o jornal, disseram as fontes.
Representantes da Pearson e da editora Axel Springer preferiram não comentar.
720.000 assinaturas
A Pearson não fornece em separado os detalhes financeiros do FT, que faz parte da unidade de ensino profissional que reportou 1,15 bilhão de libras em receitas em 2014. A editora deverá informar resultados provisórios no dia 24 de julho.
A circulação do FT chegou a 720.000 no ano passado, sendo que as assinaturas digitais responderam por 70 por cento desse total.
Em fevereiro, em uma medida para lucrar mais com os leitores on-line, o jornal ajustou seu sistema de acesso pago, deixando de lado um modelo com medição que permite que os leitores vejam algumas reportagens gratuitamente a cada mês antes de exigir que paguem.
Em novembro passado, o diretor financeiro da empresa, Robin Freestone, disse que a venda do FT não era uma alta prioridade para a Pearson.
“Nós temos que ser donos deles? Não. Mas na verdade essa é uma daquelas marcas que, sabe, você não vende facilmente”, disse Freestone, que deixará o cargo neste mês, em uma conferência de investidores, no dia 19 de novembro.
A editora alemã de jornais Axel Springer está negociando uma fusão com a emissora alemã ProSiebenSat.1 Media para fortalecer sua posição no setor de mídia digital, disseram fontes informadas sobre o assunto no início deste mês.
O acordo uniria o tabloide Bild-Zeitung e o jornal Die Welt com os canais comerciais de TV ProSieben e Sat.1.
A Bloomberg LP, empresa-mãe da Bloomberg News, compete com o Financial Times no fornecimento de notícias e informações financeiras. Kristen Schweizer, da Bloomberg
Manuel Baigorri e Ruth David, da Bloomberg Leia mais em Exame 20/06/2015
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