A Procolombia, organização governamental focada em promover o turismo, as exportações e os investimentos da Colômbia em diversos países, destaca o crescimento do interesse das companhias brasileiras naquele país. No período compreendido entre 2000 e 2014, o Brasil registrou um valor acumulado de investimentos diretos na Colômbia de US$ 1,9 bilhão, o que posiciona o país como o segundo maior investidor dos países de América do Sul na Colômbia. O investimento estrangeiro direto na Colômbia no PIB em 2014 foi de 4,3% no total. A taxa de investimento interno, também conhecida como formação bruta de capital em relação ao PIB, foi de 30%.
Há vários fatores que incentivam as empresas brasileiras a investirem na Colômbia. Um deles é a capacidade de pensar cenários ao longo prazo - graças à inflação colombiana desde 2000, uma taxa que, nos últimos cinco anos, não ultrapassou 3,6%. Além disso, o crescimento econômico na Colômbia nos últimos 10 anos atingiu 4,8% e significou um aumento da classe média de 30% da população total.
A classe média vem apresentando padrões de consumo de bens e serviços, que têm atraído brasileiros para se instalarem no país vizinho, que eles veem como oportunidades de negócios no crescimento da demanda para a nova classe média colombiana, cujo padrão de consumo tem semelhanças com a Nova Classe C brasileira: novas casas, eletrodomésticos, televisão a cabo, smartphones, carros, motos, educação e entretenimento - o que se traduz em um maior número de empréstimos bancários, um fluxo significativo de consumidores nos centros comerciais de cidades de médio porte, entretenimento e restaurantes.
No primeiro semestre de 2015, também foram observados novos investimentos de empresas nacionais: uma do setor de manufaturas, dedicada à produção de aço, na cidade de Villavicencio, e um fundo de investimento, em Bogotá. Em 2013, outras cinco empresas brasileiras aportaram seus valores em projetos de energia, BPO, tecnologia e fundos de investimentos.
No mundo
Os acordos permitiram um crescimento médio de 3,5% entre 2010 e 2014 das exportações não minerais da Colômbia para os Estados Unidos. Enquanto em 2012, o ano em que o acordo entrou em vigor, totalizaram US$ 3,416 milhões. Já em 2013, foram de US$ 3.424 milhões. E no ano passado chegou a US$ 3,796 milhões. Similar resultado se vê com a União Europeia. As exportações não minerais para o bloco econômico em 2013 totalizaram US$ 1,936 milhão. Em 2014, totalizaram US$ 2,335.3 milhões. O crescimento dessas vendas para a Europa foi de 20,6%.
Grandes marcas
Fora os segmentos já citados, o país também vem recebendo o interesse cada vez maior das indústrias de cosméticos, bebidas, bens de consumo e petrolíferas. Atualmente, há 50 empresas nacionais operando no país, entre os destaques estão nomes como Marcopolo, Duratex, Contax, Camargo e Correa, Dafiti, Votorantim, O Boticário e Eurofarma.
De acordo com FDI Markets, em 2014, o fundo de investimento Pátria Investimentos anunciou o início das operações na Colômbia, onde espera investir cerca de US$ 500 milhões em capital de empresas envolvidas no setor imobiliário, infraestrutura e setores empresariais. Em 2015, registrou-se a chegada ou o interesse em investir na Colômbia de seis empresas: DreamShaper, Tripda, Minerva Foods, Inoar e Weg.
Recentemente, a multinacional belgo-brasileira AmBev, maior fabricante de bebidas da América Latina, assinou um acordo para a aquisição da cervejaria artesanal colombiana Bogotá Beer Company (BBC). Há alguns meses, a fabricante de equipamentos e multinacional brasileira WEG também anunciou a compra da Transformadores Suntec, com sede em Medelín.
Entre as cidades de instalação das companhias, Bogotá e Medellín ocupavam até pouco tempo o posto de preferidas no país. Mas, desde 2014, aumentou o interesse em outros destinos como Barranquilla, Cali ou Montería. Leia mais em Uol 28/07/2015
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AmBev assina acordo para comprar cervejaria artesanal colombiana
A empresa de Bogotá não informa valores nem percentual que a brasileira terá no negócio
A multinacional brasileira AmBev, maior fabricante de bebidas da América Latina, assinou um acordo para a aquisição da cervejaria artesanal colombiana Bogotá Beer Company.
"A AmBev porá à disposição os recursos necessários para potencializar os planos de crescimento e inovação da cervejaria colombiana no médio e no longo prazo na Colômbia, uma das economias mais pujantes da América Latina", informou a Bogotá Beer Company nesta segunda-feira (4) em comunicado.
A nota não deu detalhes sobre o montante da operação nem que porcentagem de ações adquirirá a brasileira, mas confirmou que o acordo inclui a aquisição de uma fábrica situada na cidade de Tocancipá, situada 20 quilômetros ao norte de Bogotá, e 27 pontos de venda próprios da Bogotá Beer Company.
Além disso, o comunicado garantiu que o fundador e atual gerente geral da Bogotá Beer Company, Berny Silberwasser, "continuará no comando da empresa, junto com a equipe de mestres cervejeiros e todos os colaboradores e funcionários (...) que continuarão com suas tarefas frequentes".
A fabricante de bebidas AmBev integra a lista das 30 companhias de capital aberto mais lucrativas da América Latina em 2014, segundo um estudo divulgado em abril passado pela empresa de consultoria brasileira Economática.
A Bogotá Beer Company, fundada em 2002, desenvolveu 13 variedades de cervejas com receitas "inspiradas em estilos clássicos europeus e com ingredientes tradicionais e naturais", segundo o comunicado. EFE Leia mais em R7 05/05/2015
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