O Ministério das Comunicações deve lançar no segundo semestre deste ano, um fundo que vai facilitar o acesso de provedores de internet pequeno e médio porte a financiamentos bancários. O teto dos empréstimos será de R$ 3 milhões, sendo que 80% deste valor será garantido pelo fundo. De acordo com o gerente do Departamento de Banda Larga do Minicom, Artur Coimbra, o aporte de recursos será da União, que aposta nos impactos positivos desta iniciativa. "Ele tem o potencial para alavancar até R$ 9 bilhões em investimento", destaca.
O fundo será destinado a provedores instalados em cerca de 1,2 mil municípios com até 100 mil habitantes. Um estudo apresentado pela Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint) demonstra que há mercado para este tipo de serviço, mas falta infraestrutura. "A gente estima que pode haver uma cobertura de até 8 milhões de domicílios com banda larga de fibra ótica", enfatiza Coimbra.
Dificuldades de acesso a crédito
A criação de um fundo como este era uma reivindicação antiga do setor, já que o acesso ao crédito era uma pedra no caminho de quem está no ramo. Segundo Coimbra, o Ministério fez um piloto com 13 provedores, de diferentes estados e regiões do país que tentaram obter financiamento no Banco do Brasil para estruturar seus negócios. Nenhum conseguiu ter acesso ao empréstimo: 70% deles não passaram nem das peneiras iniciais de análise de crédito e avaliação de risco. Os outros 30% foram barrados na apresentação das garantias ao banco de que tinham como pagar o empréstimo.
Alguns detalhes do fundo ainda estão sendo estruturados. Para tanto, os técnicos do departamento de Banda Larga do MiniCom estão se reunindo periodicamente com servidores do BNDES – que tem ampla experiência neste tipo de operação – e do Banco do Brasil. O lançamento do fundo deve acontecer em outubro e a expectativa é que, no primeiro trimestre do ano que vem, os provedores já possam estar usufruindo dessas garantias. Leia mais em Tiinside 25/06/2015
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