O Itaú Unibanco e o chileno Corpbanca fecharam acordo para uma série de modificações a uma proposta anterior para unir suas operações no Chile e na Colômbia, o que adiará sua já demorada negociação de fusão até o ano que vem.
Em uma carta ao regulador chileno, foi informado que o Corpbanca poderá distribuir dividendos de aproximadamente 400 milhões de dólares, com o objetivo de conseguir a aprovação da fusão em uma reunião de acionistas marcada para 26 de junho.
Por sua vez, o Itaú Unibanco pagará um dividendo em sua filial chilena de cerca de 43 milhões de dólares.
As partes concordaram também que 50 por cento dos lucros deste ano de Corpbanca e Banco Itaú Chile serão divididos a cada uma das instituições separadamente.
"Como consequência, a fusão, caso aprovada, terá efeito não antes de 1º de janeiro de 2016", disse o Corpbanca, fixando a data máxima para a materialização da fusão em 2 de maio de 2016.
Paralelamente, o fechamento da venda de 12,36 por cento do Banco Corpbanca Colômbia em poder do CorpGroup ao futuro banco fruto da fusão será prorrogado da data originalmente acertada de 4 de agosto de 2015 até um prazo que não exceda 29 de janeiro de 2017.
Os controladores do CorpBanca e do Itaú Unibanco fecharam há quase um ano e meio a fusão de suas unidades no Chile e na Colômbia, no que seria a nona maior fusão da história da América Latina.
O acordo implica troca de ações e aumentos de capital para permitir ao Itaú controlar a nova instituição, que terá um valor de mercado estimado de mais de 8 bilhões de dólares.
No entanto, as negociações se alongaram desde o anúncio da operação devido a divergências nas avaliações dos ativos dos dois bancos e à espera da aprovação de órgãos reguladores.
Em meados deste mês, o Corpbanca considerou insuficiente a oferta do Itaú Unibanco para tomar o controle da instituição e pediu uma nova avaliação, o que foi rejeitado pelo banco brasileiro.
A diretoria do banco chileno disse que a modificação da proposta, "apesar de não deixar os acionistas do Corpbanca na mesma situação levada em consideração quando se aprovou o acordo em janeiro de 2014, constitui um avanço significativo que tende a restabelecer o equilíbrio econômico". (Por Antonio De la Jara) Reuters Leia mais em yahoo 03/06/2015
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