22 maio 2015

Até 2020 haverá 100 bilhões de objetos conectados no mundo

A aposta maior da Huawei para o mercado corporativo de acesso é a de evoluir sua plataforma de rede definida por software (SDN) para uma série de aplicações, capitaneadas pela Internet das Coisas (IoT), e que culminaria em uma nova revolução industrial. A previsão da companhia chinesa é de que, até 2020, o mercado global já conte com 100 bilhões de objetos conectados, com 2 milhões de sensores instalados a cada hora, e a ideia é aproveitar essa tendência com uma estratégia voltada especialmente para o mercado de automação industrial, conectividade em WLAN e medidores inteligentes.

Isso tudo está em linha com o recente programa do governo chinês para aumentar a conectividade na indústria em dez anos, o projeto Made-In-China 2025. Não por acaso, a empresa sedia em Pequim nesta semana o Huawei Network Congress 2015 com o objetivo de ser uma força nessa frente. "Nos últimos dez anos, a Internet, banda larga móvel e mídia social mudou todas as indústrias significativamente na China, mas ainda entendemos que essa fase está no passado, com todas as mudanças no fluxo de informação, de caixa e na indústria de serviço", declarou o presidente da Enterprise Business Group da fabricante, Yan Lida.

Chamada de Cyber Phisical System (CPS), a estratégia de convergência do mundo físico e virtual da China está também no mesmo passo dos programas Indústria 4.0, da Comunidade Europeia, e Industrial Internet, dos Estados Unidos. "Esses três programas foram anunciados próximos um dos outros porque são consistentes, mostram como as TIC vão trazer possibilidades infinitas, como Cloud, Big Data, redes sociais, IoT, CPS e mobilidade", explica Lida. Outro ponto para pavimentar esse futuro no mercado chinês foi dado nesta quinta-feira, 21: o governo anunciou um programa para fomentar a banda larga, com investimento de 1,13 trilhão de yuans (US$ 182 bilhões) em três anos para aumentar a velocidade da conexão. Desses, 430 bilhões de iuans serão investidos em fibra ótica e rede 4G no primeiro ano.

Tendência, mas ainda não realidade

Junto com a IDC, a Huawei realizou uma pesquisa que afirma que a IoT, em particular, será o motor da mudança com um mercado gerando US$ 1,9 trilhão em 2020. "A singularidade está chegando, e podemos ver que a singularidade do IoT também está nos alcançando", diz o presidente da divisão de switching e comunicações corporativas, Liu Shaowei, comparando o ponto de inflexão da conectividade da indústria com o momento previsto para que a inteligência artificial fique equivalente à humana. De acordo com o levantamento, em cinco anos, 40% do tráfego será IoT, processado na nuvem. Além disso, 79% do tráfego máquina-a-máquina (M2M) passará por gateways corporativos; e 50% da capacidade de rede será utilizada com Internet das coisas, com 50 bilhões de conexões.

Apesar das promessas, o fato é que a Internet das coisas ainda não é uma parte relevante nas receitas da companhia, mas a aposta é que isso vá mudar. "A IoT é uma nova indústria e oportunidade. Só precisa de uma pequena parte de nossa receita, mas está crescendo rápido", declara Shaowei. "A IoT ainda está no âmbito um pouco mais conceitual de mercado, mas a Huawei está pronta em termos de tecnologia", complementou o diretor de marketing da Huawei Brasil, Rômulo Horta.

Produtos

Para acompanhar essas tendências que apresenta, a fabricante chinesa procurou oferecer novidades para demandas do mercado. Além do sistema operacional LiteOS, voltado para IoT, a Huawei anunciou a nova geração da solução de SDN para arquitetura de redes Agile Network 3.0, a Huawei Business-Driven ICT Infrastructure (BDII), a plataforma de armazenamento em rede definida por software SDSN e a solução para mobilidade corporativa Agile Mobile Solution, que será lançada em setembro deste ano e procura convergir funções Wi-Fi com LTE e 3G, integrando backhaul de campus corporativo com o da rede móvel.  Bruno do Amaral, de Pequim, a convite da Huawei Leia mais em mobilitime 21/05/2015

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