09 abril 2015

Abilio Diniz aumenta sua participação no grupo Carrefour

O magnata brasileiro Abilio Diniz aumentou sua participação no gigante varejista francês Carrefour, passando a possuir 5,07% do capital, informou nesta quinta-feira a Autoridade dos Mercados Financeiros franceses.

Diniz era o sócio histórico da concorrente Casino no Brasil, mas as relações se degradaram quando o empresário brasileiro contactou o Carrefour para fundir as suas subsidiárias no país.

Diniz, que também é dono de 10% da filial brasileira do Carrefour, não tem intenção de aumentar a sua participação ou pedir um assento no conselho de administração, segundo indicou à AFP Arnaud Monnin, porta-voz na França da holding Peninsula, o seu veículo investimento.

Esta estrutura, que é o veículo de investimento da família Diniz, "se torna efetivamente o quarto maior acionista do grupo francês Carrefour atrás dos grupos Arnault e Motier (família Moulin) e do fundo de investimento Colony Capital", indica um comunicado do Peninsula.

Através da sociedade Stanhor Trading International SRL1, Peninsula declara ter excedido o limite de 5% do capital do Carrefour, passando a possuir 37.259.506 ações, ou seja, 5,07% do capital e 4,49% dos direitos de voto nesta sociedade, indica a AMF.

O grupo Carrefour deve publicar na sexta-feira seu volume de negócios no primeiro trimestre deste ano. AFP  Leia mais em Bol.Uol 09/04/2015

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ABILIO DOBRA POSIÇÃO NO CARREFOUR E PRÓXIMO PASSO PODE SER CONSELHO

Por Adriana Mattos | De São Paulo

A Península Participações, empresa de investimentos de Abilio Diniz, informou ontem que atingiu 5,07% do capital do Carrefour no mundo ­ o dobro da posição registrada em dezembro, de 2,4%. Ações foram compradas de forma pulverizada na bolsa de Paris nos últimos dias.

Abilio aumenta a aposta na segunda maior rede de varejo do mundo. Seu próximo passo pode ser o conselho de administração do grupo, na França, por meio da indicação de seu nome por membros do colegiado, segundo fonte ouvida. Abilio investiu, até hoje, € 1,12 bilhão (equivalente a R$ 3,9 bilhões) na compra de ações do Carrefour lá fora desde meados de 2014, calculou o Valor. Nos últimos dias, foram € 620 milhões e no ano passado, € 490 milhões.

No Brasil, foram mais R$ 1,8 bilhão desembolsados em dezembro na compra de 10% da subsidiária brasileira ­ num total, portanto, de R$ 5,7 bilhões em investimentos no Carrefour por meio da Península.

Pelo acordo com o grupo, Abilio pode ter até 16% da filial brasileira no prazo de cinco anos. Boa parte das operações de compra de papéis foi concluída ontem. O empresário se torna o quarto maior acionista do Carrefour no mundo, com 5% do capital e 4,49% dos direitos de voto. Só fica atrás de Bernard Arnault (8%), da dona da Galeria Lafayette, a família Moulin (9,5%) e do fundo Colony Capital (5,6%).

Desde o ano passado, circulam informações sobre negociações entre Abilio e sócios do Carrefour para que o empresário ocupe posição acionária mais relevante. Nos últimos meses, segundo fonte, ele estaria preparando sua entrada no conselho do Carrefour, formado por 14 membros, incluindo o presidente, Georges Plassat. Abilio pode ter seu nome apresentado por um comitê do Carrefour que avalia e faz as indicações. Qualquer membro do conselho pode levar o nome de Abilio a este comitê.

O conselho de administração analisa a proposta do comitê e vota, e o indicado pode ser eleito por maioria. Ontem, em Paris, Arnaud Monnin, porta­voz na França da Península, disse à agência de notícias AFP que Abilio não deve pedir assento no conselho do Carrefour. Na prática, nem pode. Isso deve partir do colegiado.

Há cerca de um mês, Abilio teria se encontrado, em São Paulo, com Philippe Houzé, presidente do conselho de administração da Galeria Lafayette, e com Nicolas Bazire, diretor do grupo Arnault. Ambos estão no conselho do Carrefour (Houzé, como observador). Reuniões entre os sócios ocorreram em São Paulo e em Paris nos últimos meses.

Desde o fim de 2014, circulam informações de que Abilio poderia adquirir parte das ações de Bernard Arnault, que estaria reestruturando o portfólio de investimentos da família. Uma eventual negociação de papéis de qualquer sócio do grupo com Abilio teria que ocorrer por meio de operações de compra e venda na bolsa de Paris ­ não podem vender diretamente para qualquer investidor. Em nota, a Península nega que Abilio vá ampliar sua posição para além de 5%. Ele já teria alcançado volume de investimentos no varejo em nível considerado satisfatório, diz fonte. “A Península não tem a intenção de aumentar ainda mais sua participação e espera, assim, contribuir para o desenvolvimento do Carrefour”. A Península também nega a existência de “qualquer negociação ou intenção de compra de ações do Carrefour em poder do Grupo Arnault”.  Valor Econômico – SP Leia mais em sbvc 10/04/2015

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