As mudanças que restringiram o programa federal de financiamento ao ensino superior, Fies, devem criar oportunidades de fusão e aquisição para a Estácio, diante de possíveis dificuldades de instituições de ensino menores em captar novos alunos, afirmou o presidente da companhia, Rogério Melzi, na última sexta-feira.
“Intensificamos a busca por oportunidades”, disse Melzi em teleconferência com analistas. “Um dos efeitos colaterais das mudanças no Fies podem ser oportunidades boas para consolidação, porque dificultam a captação (de alunos) por empresas de menor porte”, acrescentou o executivo. A Estácio terminou 2014 com caixa de R$ 715 milhões.
Na noite da véspera, a Estácio divulgou alta de quase 80% no lucro líquido do quarto trimestre sobre um ano antes. Os papéis ordinários da companhia fecharam em alta de 12,46% no pregão de sexta-feira da BM&F Bovespa, cotados a R$ 17,77.
Na sexta-feira, executivos da Estácio comentaram com analistas que esperam 113 mil novas matrículas de alunos este ano, após cerca de 120 mil em 2014, e afirmaram que a expectativa de captação de alunos no primeiro trimestre já contempla uma avaliação de evasão maior por alunos que não conseguirem o financiamento do Fies. A Estácio espera um crescimento de 23% a 25% na base total de alunos de graduação no primeiro semestre deste ano ante uma expectativa da rival Kroton de expansão de 3% a 5%.
Executivos da Estácio afirmaram que cerca de 25mil alunos já se inscreveram para o Fies no início deste ano e 3 mil estudantes pediram financiamento via parcelamento oferecido pela empresa especializada e parceira da companhia Pravaler – a expectativa é de que este número chegue a 5 mil. A companhia espera que entre 25 mil e 30 mil estudantes consigam contratar o Fies no primeiro trimestre ante 35 mil no início de 2014. Reuters BRASIL ECONÔMICO Leia mais em educacionista 23/03/2015
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