A Desenvix Energias Renováveis informa que a Statkraft Investimentos acertou a compra de 36,85% do capital social da Desenvix que eram detidos pela Jackson Empreendimentos, veículo de investimentos da Engevix. A operação foi adiantada nesta sexta-feira, 13, pelo Broadcast. Com a conclusão do negócio, o porcentual de participação da Statkraft no capital social da Desenvix passará dos atuais 44,45% para 81,3%, e o grupo Engevix deixará de ser acionista da companhia.
A conclusão do negócios está sujeita à aprovação pela Funcef, na qualidade de terceira acionista da Desenvix (detentora dos 18,7% remanescentes do seu capital social), e parte do acordo de acionistas da companhia, e condições usuais nessas operações, como as aprovações governamentais necessárias, em especial da Aneel e do Cade, além da concordância dos credores da Desenvix.
Após a conclusão da operação, os ativos da Desenvix somarão seis usinas hidrelétricas, participações minoritárias em quatro usinas hidrelétricas, um complexo eólico no Estado da Bahia formado por três usinas, participações minoritárias em dois ativos de transmissão e um portfólio de projetos relacionados principalmente à energia hidráulica de menor escala. A Desenvix ainda manterá a subsidiária Enex Operação e Manutenção de Sistemas Elétricos, que presta serviços de operação e manutenção das usinas próprias e de terceiros.
Segundo fato relevante da Desenvix, as partes esperam celebrar os contratos definitivos nas próximas semanas e concluir a operação ao longo do segundo trimestre de 2015.
Engevix
Após a venda da participação na Desenvix, a Engevix não deixará completamente suas atividades no setor de energia. A companhia deve ficar com alguns projetos que pertenciam à Desenvix, um parque eólico em Sergipe, uma usina a biomassa de bagaço de cana em São Paulo e ainda a hidrelétrica de São Roque (SC), em construção. Juntos, os três projetos somam cerca de 200 MW.
Com a venda da participação e a entrada de recursos no caixa da Engevix, a companhia ganha fôlego financeiro para cumprir suas obrigações, como os investimentos em outros ativos do grupo e abatimento de dívida.
Diante das investigações em andamento pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, a Engevix tem encontrado dificuldades de obter financiamento de curto prazo junto a bancos comerciais. A companhia já declarou que está passando por "um momento difícil" e que, entre as alternativas possíveis para passar por essa fase e seguir operando normalmente, considerava a venda de ativos.Por Fátima Laranjeira e Luciana Collet | Estadão Leia mais em Yahoo 13/02/2015
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