O Pinterest está passando por uma intensa rodada de investimentos, na qual pretende arrecadar US$ 500 milhões. Ao final, a empresa de tecnologia valerá nada menos que US$ 11 bilhões.
Na última rodada, em março de 2014, a rede social de imagens levantou US$ 200 milhões, passando a valer US$ 5 bilhões. Ou seja, o seu valor mais do que dobrou em menos de um ano.
O Pinterest nada mais é do que um tradicional mural de imagens, só que com um toque digital. Usuários da rede social podem “pinar” imagens em painéis temáticos e compartilhar com os amigos, assim como “repinar” imagens de outros.
A esmagadora maioria dos 70 milhões de usuários mensais é composta de mulheres (80%), que buscam e compartilham inspirações para temas como artesanato, culinária, decoração, festas e moda.
Pins patrocinados
Durante muito tempo, a empresa não gerou lucro para seus investidores. Isso pode estar prestes a mudar. A aposta da empresa são os pins patrocinados.
Os anúncios poderiam gerar US$ 500 milhões para a empresa em 2016, segundo as estimativas que o analista Michael Pachter, da Wedbush Securities, deu para o Wall Street Journal.
O serviço estava em uma versão beta, restrita a apenas algumas companhias para teste. Em janeiro, passou a oferecer esta opção para todos os anunciantes.
As marcas participantes do período de testes viram um aumento de 30% no alcance de seu conteúdo, segundo o site TechCrunch. Ou seja, mais pessoas passaram a adicionar os anúncios aos seus painéis pessoais, dando mais visibilidade à empresa.
Recentemente, o Pinterest adicionou a opção “instalar”, que permite baixar um aplicativo diretamente da página em aparelhos com sistema iOS, sem a necessidade de redirecionamento para a App Store.
Isso poderia ajudar desenvolvedores de aplicativos a divulgarem seus produtos.
Comércio eletrônico
A empresa também está desenvolvendo um botão “comprar”, dando uma guinada para o comércio eletrônico.
A rede social já controla 23% dos direcionamentos de sites para comércios eletrônicos. Além disso, segundo uma pesquisa da Shopify, consumidores que chegam do Pinterest são 10% mais inclinados a finalizar uma compra do que aqueles que vêm de outras redes sociais.
O objetivo inicial da empresa nunca foi virar um comércio eletrônico, segundo o diretor executivo Ben Silbermann, mas sim uma forma de ajudar o usuário a descobrir coisas novas e planejar o seu futuro – seja a próxima viagem ou a reforma da sala.
Agora, Silbermann acredita que produtos e serviços fazem parte desse processo e que empresas podem usar a plataforma para divulgar suas novidades.
Facebook e Twitter já experimentaram possibilidades similares. A Amazon e eBay também serão competidoras nesse mercado. Até o Google estaria estudando a colocação de um botão “compre” ao lado de anúncios patrocinados. Karin Salomão, Leia mais em EXAME 19/02/2015
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