28 janeiro 2015

Número de fusões e aquisições no Brasil cresce 3% em 2014

O número de fusões e aquisições no Brasil em 2014 chegou a 818, aumento de 3% em relação ao ano anterior, chegando, assim, ao melhor resultado histórico, segundo pesquisa da KPMG.

O recorde anterior havia sido registrado em 2011, quando foram registradas 817 operações. O ano foi marcado ainda pela forte presença de estrangeiros, que foram compradores em 399 operações, aumento de 10% na relação anual.

"Apesar do período de incerteza da economia brasileira ao longo de 2014, o mercado de fusões e aquisições se manteve aquecido, principalmente nos segmentos de companhias energéticas; Alimentos, bebidas e fumo; e nas já tradicionais tecnologia de informação e empresas de internet", destaca, em nota, o sócio da KPMG responsável pela pesquisa, Luis Motta. Segundo o levantamento, o setor de tecnologia da informação registrou 123 transações em 2014.

Outra característica do ano, segundo a KPMG, é que o mercado se manteve estável ao longo do ano, "sem picos". No primeiro semestre foram 406 transações e 412 no restante do ano.

Internacionalização

Além do crescimento do apetite do estrangeiro no Brasil, a pesquisa da KPMG aponta que as empresas brasileiras buscaram se internacionalizar.

Ao todo foram 44 empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior, alta de 20% em relação a 2013.

"Essa busca pelo mercado internacional provavelmente está alinhada ao processo de recuperação econômica dos países desenvolvidos a qual reduz o risco de investimentos de longo prazo nestes países, embora também aumente o valor dessas empresas devido à valorização de suas moedas em relação ao Real", analisa Motta.

No outro sentido, as operações envolvendo apenas empresas de capital brasileiro registraram queda e pior desempenho dos últimos cinco anos, com 331 operações.

"Muitos setores dos quais as transações domésticas eram destaque, como no segmento de Shopping Centers, já estão mais consolidados, diminuindo as chances de operações. Outro ponto que temos que destacar é que alguns investidores podem ter optado por aguardar os resultados das eleições realizadas em outubro, e com isso reavaliar seus investimentos em 2015", destaca o sócio da KPMG.
Fernanda Guimarães, do Estadão Leia mais em exame 28/01/2015

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