A MDS Partners, que integra a "holding" de corretagem da Sonae, passa a gerir uma carteira de prémios de cerca de 17 milhões de euros e alarga a cobertura geográfica em Portugal.
O grupo MDS anunciou esta segunda-feira, 26 de Janeiro, a aquisição de 70% no capital da Accive, corretora de seguros responsável pela gestão de uma rede de mais de 60 agentes e por uma carteira de cerca de cinco milhões de euros em prémios. Com este investimento, cujo valor não foi divulgado, a sua unidade de negócio MDS Partners, criada em 2012 e dedicada ao desenvolvimento e gestão de redes de agentes, passa a gerir uma carteira de prémios de cerca de 17 milhões de euros e alarga a cobertura geográfica em Portugal.
"O desenvolvimento da actividade da Accive será potenciado pela estreita parceria estabelecida com o Grupo OneBiz, fundador da Accive, e com o Grupo Golden. O aproveitamento de sinergias com actividades complementares, no primeiro caso, e o potencial alargamento da base de clientes, no segundo, contribuirão de forma significativa para o sucesso da operação", lê-se na nota emitida pelo grupo MDS. A marca Accive tinha sido reintegrada em 2013 no grupo Onebiz, como resultado de uma "joint venture" com o grupo Golden.
O "country manager" da MDS Portugal, Ricardo Pinto dos Santos, citado no mesmo documento, sublinha que "este projecto é estratégico pelo seu potencial de crescimento e vai ser reforçado com a operação da Accive, que beneficiará da alavancagem da estrutura humana, tecnológica e corporativa" da multinacional, que actua na área da corretagem e consultoria de seguros e resseguro, e na gestão de risco.
A "holding" de corretagem da Sonae é líder de mercado em Portugal, o terceiro maior "broker" no Brasil e está presente desde Março de 2013 em Angola, onde começou a operar numa parceria igualitária com a ISEM, empresa de capitais angolanos e que é accionista do Standard Bank. Como accionista de referência da Brokerslink, uma das maiores organizações globais de corretagem criada pela MDS em 2004, o grupo está presente em mais de 80 países, com cerca de 300 escritórios e sete mil profissionais da área dos seguros.
Depois de passar a primeira década deste século a crescer fortemente por aquisição, tendo investido mais de 70 milhões de euros em compras nesse período, a MDS abrandou o ímpeto aquisitivo nos últimos anos. Em entrevista ao Negócios, publicada em Janeiro de 2014, o CEO do grupo, José Manuel Fonseca (na foto), frisou que "a partir de 2008, com a crise financeira, investir em mercados como o europeu passou a ser menos interessante".
Foi então que avançou para aquisições no Brasil – a Lazam, a ADDMakler e a Miral, a que somou em 2011 a Quorum –, ocupando actualmente a terceira posição do outro lado do Atlântico. Há um ano, o gestor manifestava a vontade de voltar às compras nesse mercado: "Estamos com a ambição de fazer mais coisas. Queremos ser um ‘broker’ ainda maior no Brasil. Os dois concorrentes à nossa frente são um pouco maiores. O objectivo não é ficar um real acima deles, é ficarmos mais próximos". por António Larguesa Leia mais em jornaldenegocios 26/01/2015
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