10 janeiro 2015

China investirá US$ 250 bilhões em dez anos na América Latina

O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou nesta quinta-feira que seu país investirá 250 bilhões de dólares em dez anos na América Latina e no Caribe, uma região onde Pequim pretende tomar espaço dos Estados Unidos.

Na abertura de uma reunião com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e o Caribe (Celac), Xi Jinping também manifestou seu desejo de aumentar o comércio entre a China e os 33 países deste bloco a 500 bilhões de dólares em uma década, como já anunciou durante seu giro latino-americano de 2014.

"A China vai ampliar seus esforços de cooperação com os países da América Latina", disse o presidente da segunda economia mundial na abertura da reunião CELAC-China no Grande Palácio do Povo, na Praça Tiananmen, em Pequim.

"As discussões sobre o crescimento da cooperação neste fórum serão determinantes para reforçar nossa integração com a América Latina nos próximos cinco anos, em setores como a segurança, o comércio, as finanças, as tecnologias, os recursos energéticos, a indústria e a agricultura", disse Xi Jinping em um discurso televisionado.

A América Latina também deseja assentar as bases para reforçar a relação com a China, seu principal sócio comercial, a quem fornece matérias-primas e energia, durante este encontro que termina na sexta-feira.

A reunião, prevista inicialmente a nível ministerial, conta com a presença dos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, Equador, Rafael Correa, e Costa Rica, Luis Guillermo Solís, que realizam visitas ao gigante asiático para se reunir com seu colega chinês.

O presidente chinês anunciou este encontro em julho durante sua viagem pela América Latina que o levou por Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba.

Uma viagem particularmente frutífera para a região, já que Pequim se comprometeu na época em consagrar empréstimos e investimentos de um montante total de 70 bilhões de dólares.

A China, que encontrou na América Latina uma fonte quase inesgotável de matérias-primas e, sobretudo, de recursos energéticos, em troca de produtos manufaturados, se converteu na última década no principal sócio comercial da região.

Também é uma das principais investidoras na América Latina, onde investiu 102 bilhões de dólares, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), e uma das grandes credoras, um apoio precioso para Venezuela e Argentina, em particular. bdh-seb/mml/af. AFP Leia mais em Bol.Uol 08/01/2015

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