O governo da China disse que realizou a fusão da Beijing Energy Investment Holding Co. com a Jingmei Group para criar uma nova empresa de 200 bilhões de yuans (US$ 32 bilhões) em sintonia com sua política de aumentar a eficiência no setor de energia e reduzir a poluição.
A fusão da Beijing Energy com a Jingmei, fornecedora de carvão com sede em Pequim, melhorará a oferta de eletricidade, disse Lin Fusheng, diretor da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos de Pequim, em um relatório publicado hoje pela agência oficial de notícias Xinhua.
A fusão ocorreu ontem, disse a Beijing Energy, que investe em projetos de eletricidade, em seu site. A nova empresa, a Beijing Energy Group Co., administrará usinas de energia movidas a carvão, projetos de energia renovável, abastecimento de energia e o desenvolvimento de minas de carvão, informou a Xinhua.
“Isto está em sintonia com um esquema nacional para combinar recursos de carvão, eletricidade e aquecimento para aumentar a eficiência da energia e reduzir a poluição”, disse Tian Miao, analista da empresa de pesquisa North Square Blue Oak em Pequim, em entrevista por telefone.
A China, maior consumidora de energia do mundo, disse que combaterá a poluição, que atingiu níveis recordes de smog nas cidades, entre elas Pequim e Xangai, provocada principalmente por usinas de energia movidas a carvão.
O presidente Xi Jinping, em um pacto com o presidente americano, Barack Obama, concordou em limitar as emissões de carbono da China até 2030 e em utilizar fontes renováveis em 20 por cento da energia do país.
Unidades listadas
As operações das três unidades de capital aberto ligadas às empresas incorporadas foram suspensas hoje.
A Beijing Jingneng Power Co., unidade de geração de energia da Beijing Energy Investment, ganhou 2,2 por cento e fechou a 6,46 yuans no dia 26 de dezembro. A Beih-Property Co., braço de imóveis da Beijing Energy, subiu 1,8 por cento para 6,37 yuans.
A Beijing Haohua Energy Resource Co., unidade da Jingmei Group, cresceu 2,4 por cento para 8,91 yuans.
A nova empresa possui ativos pelo valor de 200 bilhões de yuans e planeja aumentá-los para 300 bilhões de yuans até o fim de 2020, disse a Xinhua. A meta de vendas é passar de 60 bilhões de yuans para 100 bilhões de yuans, disse o relatório.
As unidades listadas das duas companhias serão utilizadas para “consolidar recursos”, disse Lin no relatório, que não deu mais detalhes. Helen Yuan, da Bloomberg Leia mais em Exame 29/12/2014
Na China, as empresas estatais normalmente vendem ativos às suas unidades listadas para aumentar o atrativo das suas ações.
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