O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão entre as cimenteira suíça Holcim e a francesa Lafarge. A decisão foi unânime.
O tribunal aceitou a proposta das empresas para que o negócio fosse fechado com a venda de fábricas de cimento e concreto, além de centros de distribuição em um raio de 300 quilômetros entre as marcas.
As empresas propuseram vender fábricas de cimento da Holcim em Cantagalo (RJ) e da Lafarge em Santa Cruz (RJ) e Cantagalo.
As companhias também acertaram a venda de fábricas de concreto da Holcim em Pouso Alegre e da Lafarge em Arcos, ambas cidades em Minas Gerais.
Ficou acertada ainda a venda de ativos centros de distribuição controlados pela Holcim em Pouso Alegre e da Lafarge em Arcos.
O relator do processo na Corte administrativa, conselheiro Gilvandro Araújo, destacou a cooperação das empresas como uma "proatividade" importante para a tomada da decisão.
"Isso é importante porque o Brasil internaliza o que é feito no mundo inteiro, que é um diálogo prévio", disse.
Segundo Araújo, a aquisição das unidades pode criar a quinta maior cimenteira do País, caso os ativos sejam comprados pela mesma empresa. O relator determinou, ainda, que a fusão só poderá ser concluída após a venda dos ativos.
"A operação só pode ser concretizada após a efetiva alienação dos ativos. Cumpre-se primeiro a obrigação e depois se consuma a operação", determinou.
As empresas afirmaram, em novembro, que esperam vender os ativos até o final de janeiro de 2015. A Holcim disse que já havia recebido 60 ofertas de empresas interessadas nos ativos à venda.
As cimenteiras haviam proposto a solução em agosto para ter a fusão aprovada. A transação entre as empresas faz parte do acordo global firmado por Holcim e Lafarge para criar a maior produtora de cimento do mercado mundial.
O volume de negócios estimado com a fusão é superior a US$ 44 bilhões por ano. Nivaldo Souza, do Estadão Leia mais em exame 10/12/2014
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